Zé Carlos, da Ponte Preta ao futebol da Arábia Saudita

Zé Carlos, da Ponte Preta ao futebol da Arábia Saudita

Zé Carlos, da Ponte Preta ao futebol da Arábia Saudita

Se hoje os atletas fazem questão de caracterizar a imagem com nomes compostos, outrora prevaleciam apelidos no futebol. Zé Carlos, ponteiro-direito revelado pelo XV de Jaú e com trajetória na Ponte Preta entre os anos 80 e 90, tinha o apelido de ‘Zé Bodão’, e de vez em quando radialistas da época escorregavam e o identificavam assim.

Embora sequer passava da estatura de 1,70m de altura, José Carlos Garcia era o típico ponteiro-direito que tanto tinha facilidade para levar a bola ao fundo do campo para posteriormente cruzar, como sabia fechar em diagonal e concluir jogadas.

Para isso explorava dribles curtos e velocidade. Também tinha relativo aproveitamento em cobranças de faltas, visto que treinava bastante esse fundamento.

A Ponte Preta o buscou no XV de Jaú em 1986, e ele ficou em Campinas até 1992, ocasião em que teve desentendimento com o técnico Renê Simões, que o dispensou.

Todavia, o caminho estava aberto para continuar a trajetória na Arábia Saudita, com passe negociado ao Al Qadisiya, onde jogou de 1992 a 1996, sagrando-se pentacampeão, artilheiro quatro vezes, e ganhou o prêmio de Chuteira de Ouro como melhor jogador na Copa da Ásia em 94/95.

No segundo semestre de 1997 foi jogar no Al Khaleej, e participou da campanha de volta da equipe à primeira divisão da Federação da Arábia Saudita.

GOLS NA PONTE

Nas entrevistas, ressalta dois momentos marcantes na Ponte Preta: gol do acesso ao Paulistão em 1989, contra o Taquaritinga, a dois minutos do término da partida, e quando quebrou a invencibilidade de 800 minutos do goleiro Veloso, do Palmeiras, no ano seguinte.

Natural de Bocaina, Zé Carlos foi descoberto em 1981 pelo técnico Cilinho em 1981, e levado para o XV de Jaú. Lá atuou ao lado de jogadores como os volantes Célio, Wilson Mano, e meias Níveo e Toninho.

O final de carreira foi em 1999 no Rio Preto, integrante da segunda divisão paulista, aos 38 anos de idade. “A idade chegou e eu tive de parar”, lamentou.

Fominha por bola, ele ainda participou de campeonato amador regional pelo Bocaina nas temporadas 2000 e 2001, ocasião em que trabalhou no departamento de esportes da prefeitura local.