Zagueiro do Vasco relembra episódio da campanha LGBTQIA+: "Obrigado a vestir a camisa"

Leandro Castan, na época fez publicação com trecho da bíblia e foi criticado por parte da torcida e da imprensa

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Comemoração icônica de Cano - Foto: Rafael Ribeiro / Vasco

Rio de Janeiro, RJ, 1 (AFI) – Capitão do Vasco e um dos jogadores mais experiente do elenco, o zagueiro Leandro Castan cedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira. Entre os assuntos, surgiu o episódio envolvendo a campanha do Vasco contra a homofobia.

No jogo contra o Brusque, o Vasco atuou com uma faixa nas cores do arco-íris. Antes do jogo, o capitão postou uma citação da Bíblia, onde teria supostamente o significado do arco-íris.

“Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris, então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies”, dizia trecho do texto.

CRITICADO

Na época, o jogador foi duramente criticado nas redes sociais pela postagem de cunho homofóbica. Torcedores e até mesmo jornalistas criticaram a postura que na contramão da história do Vasco. Ainda na entrevista, disse que apenas expôs a sua fé e que foi “teoricamente obrigado a vestir” o uniforme.

A COMEMORAÇÃO

O jogo foi vencido pelo Vasco, mas o que ficou marcado foi a comemoração do atacante Germán Cano. Após o gol, correu até a bandeira de escanteio, que também tinha as cores do arco-íris , e a levantou em um gesto de enaltecimento da causa.

SEM PROBLEMAS

Mesmo com as claras discordâncias, Castan descartou qualquer problema com o atacante, e disse que se aconteceu algo foi resolvido internamente.

Sei que ficou um pouco marcado para mim, mas, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que penso. Não ficou nenhum desconforto. Muitos falaram que eu e o Cano tivemos problemas, não tivemos. E se a gente teve problema, resolvemos dentro do vestiário. Sou um capitão que vai resolver as coisas internamente, não vou brigar na frente de todo mundo para querer aparecer. Não sei qual tipo de capitão estão acostumados, mas eu resolvo internamente. Tenho algumas referências de capitão que tive na carreira, como Totti, De Rossi, Ronaldo e do Roberto Carlos. São líderes com os quais eu trabalhei, uso esses caras de espelho”, disse.

QUER SER RESPEITADO

O jogador disse que respeita a todos, os torcedores e a instituição. Completou dizendo que deve ser respeitado.

“Claro que não sou perfeito, vou errar, mas resolvemos as coisas aqui dentro. Pode ter certeza que aqui no Vasco nunca faltou cobrança e respeito. Sou o primeiro a respeitar a instituição, o torcedor. No momento que expus o que acredito, quando fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, algumas pessoas não gostaram. Eu respeito a todos e acho que tenho de ser respeitado”, completou.

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