Vitória merecida do Botafogo sobre o Guarani na Série B
O Guarani criou apenas uma chance e assim não dá para querer ganhar de ninguém. O Botafogo se valeu, basicamente, da transpiração.
E por que o Guarani teve pouca presença ofensiva nesta derrota, que marcou o complemento da rodada da Série B do Campeonato Brasileiro?
Campinas, SP, 3 (AFI) – Se o Guarani criou apenas uma chance real de gol na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, e ainda assim aos 44 minutos do segundo tempo, como projetar resultado prático de Ribeirão Preto, na noite desta segunda-feira?
A chance do gol de empate surgiu no pé do atacante João Victor, ocasião em que o goleiro Matheus Albino praticou defesa difícil, ao espalmar a bola no canto direito.
E por que o Guarani teve pouca presença ofensiva nesta derrota, que marcou o complemento da rodada da Série B do Campeonato Brasileiro?
Por que levou para Ribeirão Preto a proposta extremamente defensiva, projetando que a volúpia ofensiva do adversário poderia provocar espaços para que explorasse contra-ataques e assim surpreendê-lo.
Por vezes projeta-se um formato, mas a prática mostra tudo diferente.
DESFALQUES
Sem a dupla titular de volantes – Matheus Barbosa e Matheus Bueno -, o time não contou com fluidez na saída de bola por dentro através dos substitutos Alvariño e Wenderson.
Quem sugerisse que os laterais Diogo Mateus e Mayk se encarregassem da incumbência de transição rápida, para a bola chegar qualificada ao ataque, isso também não ocorreu.
Por sinal, nas poucas vezes que tentou se aproximar da meta adversária, o time incorreu no vício de usar basicamente o lado esquerdo, em noite nada inspirada do meia Isaque, e o atacante Bruninho facilmente absorvido pela marcação do lateral Thassio.
Logo, o centroavante Derek ficou isolado e quase não pegou na bola, até mesmo quando ganhou a companhia de mais um centroavante, caso de Bruno Mendes, que foi para o jogo apenas aos 33 minutos do segundo tempo.
TRANSPIRAÇÃO
Assim, com tamanha deformação do time bugrino em relação às duas últimas partidas, o que se viu, na prática, foi um Botafogo se valendo basicamente da transpiração, alongando excessivamente a bola e com incontáveis erros de passes.
Mesmo com clara limitação, o time botafoguense ganhou a maioria dos rebotes, chegou determinado nas divididas, e aos trancos e barrancos foi empurrando a bola ao ataque, de forma que criasse três reais situações para chegar ao gol, aproveitando uma delas.
SALATIEL EM AÇÃO
Foi o centroavante Salatiel quem protagonizou duas das citadas chances.
A primeira, ainda no primeiro tempo, ele perdeu gol feito, após bola alçada à área através de Tarik, desvio de Mantuan, ocasião que o chute dele foi para fora, aos 18 minutos.
Entretanto, se redimiu aos 22 minutos do segundo tempo, quando o lateral-direito Thassio foi ao fundo do campo, cruzou, e ele testou de forma indefensável para o goleiro Pegorari, no canto direito: Botafogo 1 a 0.
Exceto isso, o volume ofensivo do time mandante implicou apenas em uma defesa relevante de Pegorari, em chute forte, de fora da área, de Luiz Henrique, com desvio do zagueiro Walber, ainda no primeiro tempo.
RÉGIS, DISCRETO
Das alterações procedidas no time bugrino, durante o segundo tempo, apenas realce para João Victor, que foi determinante em finalização, mas esbarrou na defesa do goleiro Matheus Albino.
Os demais que entraram, entre eles o centroavante Bruno Mendes e meia-atacante Régis, nada acrescentaram.
Por sinal, que fase horrorosa atravessa Régis, errando passes e nem de longe lembrando aquele atleta que caiu no gosto da torcida, na passagem anterior.