Vila Nova 1 x 1 Santos - Em duelo de líderes, Peixe segue no topo da Série B
Resultado, porém, poderia ter sido melhor, já que o time paulista jogou com um a mais desde os 31 minutos do segundo tempo
Goiânia, GO, 18 (AFI) – O confronto de líderes da Série B do Campeonato Brasileiro foi como o esperado: muito equilibrado. Vila Nova e Santos ficaram no empata por 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), pela 16ª rodada. O Santos jogou com um a mais desde os 31 minutos do segundo tempo, mas não conseguiu a vitória na reta final.
COMO FICA?
Com o empate, o Santos segue na liderança, agora com 29 pontos e nove vitórias. É seguido pelo próprio Vila Nova, com 28. O América-MG, que ainda joga, tem 26 e pode chegar a 29, mas com oito vitórias. O Operário-PR, com 25, completa o G-4, mas o time teve o jogo da rodada adiado.
AQUÉM DO ESPERADO
Embalados com campanhas idênticas nos últimos cinco jogos, de quatro vitórias e um empate, Santos e Vila Nova prometiam uma grande espetáculo. O apresentado em campo, porém, foi um futebol pouco atrativo de ambos os lados, com pouca ambição e lentidão.
Mesmo jogando 18 minutos com um a mais após a expulsão de Henrique Almeida no segundo tempo, o Santos não mostrou apetite para se lançar ao ataque e buscar os três pontos. Foi somente um chute com perigo, para fora, de João Schmidt, em demonstração que a igualdade estava de bom tamanho.
Apesar do futebol pobre, o Santos aumentou sua invencibilidade, mas viu a defesa que vinha intacta ser vazada. Desde 14 de junho, quando levou 1 a 0 em visita ao Operário-PR, no Germano Krueger, em Ponta Grossa, que o favorito da Série B não sabe o que é perder. São seis jogos sem derrotas, com quatro vitórias e dois empates e apenas este gol do Vila Nova sofrido.
Separados por um ponto na tabela e prometendo “clima de decisão”, goianos e santistas queriam manter o bom momento e evitar a aproximação da concorrência. O pensamento dos visitantes, além da manutenção da liderança isolada, era manter a defesa intacta – não sofreu gols nos últimos cinco jogos.
Por outro lado, os goianos queriam findar com a sequência de cinco jogos sem tropeços dos santistas para não apenas subir ao topo da tabela, como dar mais um passo ao sonhado acesso. Desde 1985 que o Vila Nova não disputa a elite nacional.
ESTÁDIO LOTADO
Com o estádio lotado, a ideia dos goianos era aproveitar a pressão das arquibancadas em seu “caldeirão” para vazar o goleiro Gabriel Brazão. E o começo foi com postura adiantada, investindo em cruzamentos. Maduro, o Santos cadenciava a partida com troca de passes sem velocidade, mas preservando a posse.
Diminuir o entusiasmo e encaixar um contragolpe parecia a meta de Fábio Carille. Trabalhando bem a bola em passes de primeira, Escobar cruzou para Serginho abrir o marcador. O meia, contudo, errou a finalização, sozinho na área, possivelmente atrapalhado pela iluminação do estádio. Com metade a etapa inicial, o Santos já tinha o total domínio do jogo.
Em uma bola cabeceada por Furch que terminou em toque no braço de Quintero, o árbitro foi chamado ao monitor do VAR e ficou por quase quatro minutos debatendo o que decidir no lance. Nada acabou marcado por desvio no peito antes, descaracterizando a penalidade.
Depois de uma enorme queda de rendimento, a partida se arrastava para o fim da primeira etapa. Mas ainda deu tempo de João Schmidt, para o lado errado, cabecear e exigir milagre de Brazão. O goleiro salvou o fogo amigo na única chance do Vila Nova, que prometeu muito e entregou pouco na fraca etapa inicial em Goiânia.
SANTOS NA FRENTE NO SEGUNDO TEMPO
O começo da etapa final veio com uma lambança da defesa santista e outra defesa importante de Brazão. Jair e Gil espanaram na tentativa de corte, a bola foi para trás e Henrique Almeida bateu em cima do goleiro. Pela segunda vez no jogo os santistas iam entregando ao Vila Nova.
Na primeira bola que conseguiu mandar na direção do gol até então, o Santos abriu o marcador. Após desvio de Serginho, Furch, também de cabeça, mandou entre as pernas do goleiro Dênis Júnior, desencantando após 14 partidas – não fazia desde a segunda rodada, dia 26 de abril, nos 2 a 0 sobre o Avaí em Florianópolis. O gol deixou os visitantes à vontade em campo e Otero quase ampliou.
EMPATE DO VILA NOVA
Bastava ao Santos manter a defesa intransponível das últimas rodadas para ganhar fôlego no topo – dormiria com quatro pontos na frente. Ocorre que após uma cobrança de escanteio, os marcadores deixaram o zagueiro Jemmes livre e a cabeçada acabou indefensável.
Lento e pouco produtivo, o Santos começou a sofrer com a pressão dos goianos. Para dar mais velocidade e tentar resgatar os contra-ataques, Carille optou pelas entradas de Pedrinho e Miguelito na vaga de seus armadores.
EXPULSÃO
A expulsão de Henrique Almeida, aos 31 minutos, foi uma ducha de água fria no ímpeto do Vila Nova. O atacante iria anotar um golaço ao dar chapéu no defensor, mas a bola acabou adiantada e ao esticar a perna, atingiu o goleiro santista com muita força, levando o segundo amarelo e o consequente vermelho.
O Vila Nova se fechou com a desvantagem numérica, o Santos pouco ameaçou o gol de Dênis Júnior, com muitos toques de lado e pouca objetividade, e o resultado acabou agradando a ambos.
FICHA TÉCNICA
- Fase:
- Única
- Rodada:
- 16ª
- Data:
- 18/07/2024
- Horário:
- 20:00
- Árbitro:
- Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE)
- Assistentes:
- Francisco Chaves Bezerra Junior (PE) e Luis Filipe Goncalves Correa (PB)
- VAR:
- Rodrigo Nunes de Sa (RJ)
- Cartões Amarelos:
- Vila Nova: Henrique Almeida
- Cartões Vermelhos:
- Vila Nova: Henrique Almeida
- GOLS:
- Vila Nova: Jemmes 19′ 2T
- Santos: Julio Furch 9′ 2T
- Estádio:
- Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA)
- Local:
- Goiânia (GO)