Valorizado, o volante Wallisson é um 'achado' da Ponte Preta
Guarani se deu bem com Yuri Tanque e Jamerson, que vieram no pior momento do time na Série B. E o desacreditado Wallisson virou estrela na Ponte Preta
Três recentes exemplos registrados em Campinas ainda mostram que é possível fazer futebol sem custo exagerado e com vindas de atletas
Campinas, SP, 23 (AFI) – Três recentes exemplos registrados em Campinas ainda mostram que é possível fazer futebol sem custo exagerado e com vindas de atletas que dão retorno imediato nos gramados. Tanto o Guarani como a Ponte preta sentiram isso de perto nesta temporada.
Se o Guarani foi bem-sucedido nas contratações do lateral-esquerdo Jamerson e centroavante Yuri Tanque, para a Ponte Preta foi um ‘achado’ a chegada do meio-campista Wallisson, 25 anos de idade, e agora com interessados como Flamengo, Athletico Paranaense, Atlético Mineiro, Corinthians e Inter (RS), pelos direitos econômicos dele.
ROGER INDICOU
Quando chegou à Ponte Preta em abril passado, procedente do Athletic de São João Del Rei (MG), Wallisson parecia ser mais uma das tantas apostas feitas pela nova diretoria pontepretana, porém com a vantagem da indicação ter sido feita pelo ex-centroavante e hoje treinador Roger Silva, que comandou o atleta quando junto estiveram na agremiação mineira.
Rotulado inicialmente apenas como volante de muita combatividade, aos poucos Wallisson foi mostrando, em jogos do Campeonato Brasileiro da Série B, que também sabia incorporar o ataque.
E mais do que isso: destacando-se como tremendo cabeceador, capaz de ajudar a decidir jogos com quatro gols neste estilo, contra Vasco, Grêmio, Operário e Bahia. E, de sobra, um golaço do meio da rua contra o Vila Nova, numa daquelas já manjadas tentativas de finalizações de fora da área.
Antevendo que atleta com essa característica seria assediado no mercado futebolístico nacional, providencialmente os atuais dirigentes pontepretanos apressaram pelo vínculo definitivo em 50% dos direitos econômicos, com pagamento de R$ 1,2 milhão ao Athletic e renovação de contrato até 2027.
PEÇA VALORIZADA
Assim, a Ponte Preta pode se cercar de multa na ordem de R$ 30 milhões em caso de rompimento de contrato, em eventual transferência a clubes do futebol brasileiro e cerca de cinco vezes mais àqueles do exterior.
Precaução necessária dos dirigentes da Ponte Preta, pois clubes com solidez financeira estão de ‘olho gordo’ no jogador, e nas sondagens preliminares falam em reduzir o custo empurrando pra cá jogadores dispensáveis em seus respectivos elencos.
Como a partir de seis de novembro a Ponte Preta deixa de ter receitas de televisão, publicidade e bilheteria, é lógica a hipótese de negociação do atleta para quaisquer dos clubes citados.
Com essa eventual reserva financeira, a Ponte Preta poderá cumprir inadiáveis despesas até quase o final de janeiro de 2023, com início da Série A2 do Campeonato Paulista, assim como fazer planejamento compatível às necessidades para reestruturação do elenco.
SEGUNDA PASSAGEM
Baseado em publicações nas mídias digitais, esta seria a segunda passagem do atleta pela Ponte Preta, que por aqui já teria perambulado discretamente em 2018.
Curioso é que antes do Athletic, com participação em 12 jogos do Campeonato Mineiro, Wallisson passou por Nova Venécia-ES, Volta Redonda, Serra Macaense (RJ) e Democratas (MG) entre outros, sem que fosse devidamente observado.
Roger também indicou o atacante Douglas Santos, com contrato na Ponte Preta até o fim da temporada, mas o atleta não vingou.
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