Vaia da torcida derruba diretor de futebol do Internacional
A diretoria demitiu o diretor Magrão por ‘conflitos de interesses’, mesmo porque ele gerenciava a carreira de jogadores antes de assumir o cargo
Nesta temporada, o Internacional foi um dos clubes que mais investiram no futebol, porém, fracassou no Gaúcho, na Copa do Brasil e no Brasileiro
Porto Alegre, RS, 11 (AFI) – Sem vencer há 12 jogos consecutivos, oito deles só no Campeonato Brasileiro, o Internacional esta em crise. E se não pode trocar de técnico, porque Roger Machado está há poucos jogos no lugar de Eduardo Coudet, a direção do Colorado decidiu mexer no comando do futebol.
Neste domingo à noite, a diretoria demitiu o diretor Magrão por ‘conflitos de interesses’, mesmo porque ele gerenciava a carreira de jogadores antes de assumir o cargo. Isso aconteceu no dia 26 de maio de 2023, portanto, há quase 15 meses.
Ele foi a vítima gerada pela insatisfação dos mais de 14 mil torcedores que foram ao estádio Beira-Rio e vaiaram o empate por 2 a e com o Athletico, mesmo assim com a igualdade vindo apenas aos 50 minutos do segundo tempo.
O próprio presidente Alessandro Barcellos apareceu na coletiva e depois do técnico Roger fez questão de explicar o motivo da nova mudança no clube.
“Neste período de gestão do futebol colorado, infelizmente, os resultados não foram satisfatórios. Isso é necessário num ambiente de profissionalização, de tamanha exigência por resultados. Quando estes resultados não aparecem, é preciso corrigir os rumos e também promover mudanças. É o que estamos fazendo. Esta função é nova no futebol e também pra o Magrão, que cumpriu seu papel até agora. Mas é o momento de mudar.
CONFLITO DE INTERESSES
Apesar do discurso bonito, a real razão para a mudança é por conflito de interesses. Antes de ser diretor e futebol Magrão exercia função diferente, gerenciando a carreira de vários jogadores.
Em princípio, isso foi superado por deixar a função anterior e apenas se concentrar nos trabalhos dentro do Beira-Rio.
Mais recentemente vazou um áudio ‘comprometedor’ onde Magrão conversava com Lucca Drumond, contratado para gerenciar a base, sobre a possível inclusão do filho de Magrão como jogador colorado.
O presidente colorado, porém, desmentiu estas alegações, mesmo porque seria passar o ‘atestado de burrice’, afinal, era público que Magrão atuava como empresário antes de assumir a função no Internacional. Junte-se a isso, a incansável ‘necessidade’ de Eduardo Coudet em contratar jogadores de nome. Mas ele já caiu antes, porque o ‘time não andou em campo’, decepcionando a torcida.
Coudet já tinha tido um relacionamento complicado na primeira passagem pelo Internacional, mas voltou ao clube em pompa. Não se deu bem no Atlético-MG e voltou ao Beira-Rio para fracassar de novo.
Nesta temporada, o Internacional foi um dos clubes que mais investiram no futebol, porém, fracassou. Foi eliminado na semifinal do Campeonato Gaúcho, diante do Juventude, mesmo algoz que o tirou das oitavas de finais da Copa do Brasil.
