Último acesso do Guarani à elite nacional completa 15 anos em 2024. Relembre!
Em 2024, fará 15 anos que o Guarani conquistou seu último acesso à elite do futebol brasileiro
Campinas, SP, 27 (AFI) – O momento do Guarani na temporada não é bom. Apesar de a Série B do Campeonato Brasileiro ainda ter um caminho longo pela frente, o time flerta com o rebaixamento para a Série C, competição que não disputa desde 2016, há oito anos.
Com esse cenário, resta ao torcedor bugrino relembrar a última grande conquista do clube. Em 2024, fará 15 anos que o Guarani conquistou seu último acesso à elite do futebol brasileiro.
Às vésperas do Dérbi 207, o Portal Futebol Interior relembra o ano de 2009, que começou com um rebaixamento no Paulistão, mas terminou com acesso na competição nacional.
INÍCIO DE TEMPORADA DO CÉU AO INFERNO
A temporada de 2009 começou muito boa para o Guarani. Afinal de contas, o time vinha de um vice-campeonato e aceso na Série C.
Comandado por Luciano Dias, o Guarani ainda venceu as duas primeiras partidas do Paulistão, contra Portuguesa e Ituano.
Depois disso, porém, o pesadelo começou. Foram 12 partidas de jejum: quatro empates e oito derrotas e dois meses sem vencer.
Luciano Dias, que estava no cargo desde maio de 2008, aguentou sete dessas partidas, sendo demitido. Cidinho assumiu interinamente, mas logo depois Guilherme Macuglia foi anunciado. Ele fez apenas quatro jogos, com um empate e três derrotas, e também foi demitido.
Cidinho assumiu novamente para a reta final, somando uma vitória, um empate e três derrotas. Com a campanha, o Guarani foi rebaixado em 19º e penúltimo lugar com 14 pontos, cinco a menos do que o Mogi Mirim, primeiro fora da degola.
GUARANI INICIA SÉRIE B COM 4º TÉCNICO NA TEMPORADA: VADÃO
Após o Paulistão, o Guarani buscou o quarto nome para comandar o time na Série B. Após Luciano Dias, Guilherme Macuglia e Cidinho, fechou com Vadão, que já conhecia bem o clube, pois comandou em 1995 e 1997/1998.
Na época, não era muito comum gigantes clubes brasileiros disputarem a Série B. Entretanto, no ano anterior o Corinthians disputou e foi campeão e, em 2009, a competição teria a presença do Vasco pela primeira vez na história.
Vadão faleceu em 25 de maio de 2020 decorrente de complicações relacionadas a um câncer no fígado, o qual acabou evoluindo para outros órgãos.
GUARANI TEM ARRANCADA INICIAL ESPETACULAR
Diferente de 2024, em que tem apenas cinco pontos em 12 jogos, o Guarani de 2009 conquistou 27 pontos nas 12 primeiras partidas.
Foi na 12ª, aliás, que o time perdeu sua invencibilidade. Após oito vitórias e três empates, perdeu para o Paraná, por 2 a 1, em casa.
A sequência invicta incluiu o empate sem gols com o favorito Vasco, no Brinco de Ouro, e a vitória no dérbi com a Ponte Preta, por 1 a 0, no Moisés Lucarelli.
PRIMEIRA TURBULÊNCIA
A derrota para o Paraná confirmou o primeiro momento de oscilação do Guarani na competição. O time ficou seis jogos sem vencer, sendo dois empates e quatro derrotas, três delas de forma consecutiva.
Depois disso, porém, o time reagiu, conseguiu boas sequências apesar de derrotas pontuais. Só perdeu duas seguidas apenas uma vez depois disso.
ACESSO CONFIRMADO MESMO COM DERROTA
O Guarani conquistou o acesso na 37ª e penúltima rodada, em 21 de novembro, mesmo perdendo para o Bahia por 2 a 0 fora de casa.
Em 38 rodadas, somou 21 vitórias, seis empates e 11 derrotas, sendo vice-campeão com 69 pontos, atrás apenas do Vasco, com 76. Marcou 55 gols e sofreu 51.
Neste jogo que garantiu o acesso, o Guarani atuou com Douglas; Maranhão (Carlos César), Márcio Alemão, Bruno Aguiar (Valdir); Nunes, Cleber Goiano, Léo Mineiro e Adriano Gabiru; Caíque (Dario) e Nei Paraíba. Técnico: Vadão.
FESTA EM CASA
Na última partida, com o acesso já garantido, o Guarani venceu o Juventude por 2 a 1 no Brinco de Ouro, decretando o rebaixamento gaúcho. Glauber e Adriano Gabiru fizeram os gols da vitória.
O artilheiro do Guarani na Série B foi o atacante Ricardo Xavier, que marcou 14 vezes.
A escalação teve Douglas (Léo); Maranhão, Bruno Aguiar (Márcio Alemão), Dão e Eduardo; Luciano Santos, Gláuber, Léo Mineiro e Adriano Gabiru (Carlos César); Fabinho e Ricardo Xavier. Técnico: Vadão.
CAMPANHA INCRÍVEL NO BRINCO DE OURO
O Guarani usou o apoio de sua torcida para fazer grande campanha em casa. Conquistou 44 dos 69 pontos da campanha, representando 63,7%.
Foi o segundo melhor mandante, atrás apenas do Atlético-GO,que somou 45. Os dois times foram os que mais venceram em casa: 14 vitórias contra 13 do favorito Vasco, que somou 42 no total.
DETALHES SOBRE OS DÉRBIS
Guarani e Ponte Preta protagonizaram dois dérbis e o Bugre venceu os dois. No primeiro turno, em 20 de junho, venceu por 1 a 0 no Moisés Lucarelli, com gol marcado por Caíque, logo no primeiro minuto.
GUARANI – Douglas; Maranhão, Bruno Aguiar, Dão (Márcio Alemão) e Andrezinho; Nunes, Gláuber, Rodriguinho e Walter Minhoca (Adriano Gabiru); Caíque e Ricardo Xavier (Fabinho). Técnico: Vadão.
Em 26 de setembro, pelo segundo turno, venceu por 2 a 1 no Brinco de Ouro. Ricardo Xavier abriu o placar aos três minutos, Evando empatou aos 16, mas Bruno Aguiar confirmou a vitória aos 19 do segundo tempo.
GUARANI: Douglas; Maranhão, Bruno Aguiar, Dão e Eduardo; Cléber Goiano, Nunes (Caíque), Léo Mineiro e Walter Minhoca (Mário Lúcio); Fabinho e Ricardo Xavier (Fabinho Romão). Técnico: Vadão.