Tumulto após briga de torcida causa 56 mortes em Guiné
A imprensa local relatou que as forças de segurança tentaram usar gás lacrimogêneo para restaurar a calma
São Paulo, SP , 02 (AFI) – fUm tumulto generalizado, causado por uma briga de torcida, deixou 56 mortos no sudeste de Guiné, pequeno país africano vizinho do Senegal e da Costa do Marfim. A confusão começou num estádio de Zerecoré, uma das maiores cidades de Guiné, após decisão controversa da arbitragem. Entre as vítimas, estão crianças em número ainda não confirmado pelo governo local.
O tumulto começou na tarde de domingo durante a final de um torneio local entre os times Labe e Nzerekore em homenagem ao líder militar e atual presidente do país, Mamadi Doumbouya, de acordo com o primeiro-ministro Amadou Oury Bah, em declaração nas redes sociais. “Durante o tumulto, vítimas foram registradas”, disse Bah, sem dar detalhes.
As autoridades regionais estão trabalhando para restaurar a calma na área, ele acrescentou. A imprensa local relatou que as forças de segurança tentaram usar gás lacrimogêneo para restaurar a calma após o caos que se seguiu a um pênalti contestado por um dos lados.
“Isso (o pênalti contestado) irritou os torcedores que atiraram pedras. Foi assim que os serviços de segurança usaram gás lacrimogêneo”, relatou o Media Guinea, um site de notícias local. O site afirmou que vários dos mortos eram crianças. Alguns dos feridos, tratados em um hospital local, estão em estado crítico. O número de 56 mortos pode aumentar nas próximas horas.
As autoridades afirmaram já ter iniciado uma investigação para apurar as causas e os responsáveis pelo tumulto, disse o ministro das Comunicações de Guiné, Fana Soumah.
A oposição ao governo de Mamadi Doumbouya, a Aliança Nacional para a Alternância e Democracia, pediu uma investigação. O partido disse que o torneio foi organizado para angariar apoio para as ambições políticas “ilegais e inapropriadas” do líder militar.
A Guiné tem sido comandada pelos militares desde que soldados depuseram o presidente Alpha Conde em 2021. Doumbouya, que depôs o presidente há três anos, disse que estava impedindo o país de cair no caos e repreendeu o governo anterior por promessas não cumpridas. No entanto, ele foi criticado por não atender às expectativas que criou.
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