Tudo mudou para a Ponte Preta quando o Botafogo ficou com 10
Marielson Alves Silva se equivocou ao marcar pênalti, posteriormente revisto com conferência do lance através do VAR. Mas expulsou Márcio Silva.
Pressente-se que até o seu treinador Adilson Batista tinha dúvida da capacidade do Botafogo, pois optou por se resguardar desde o início
Campinas, SP, 2 (AFI) – Sem demérito algum à vitória da Ponte Preta sobre o Botafogo por 2 a 0, na noite desta terça-feira em Campinas, a pergunta imprescindível a ser feita é como este time botafoguense conseguiu arrumar nove pontos nas três primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B?
Pressente-se que até o seu treinador Adilson Batista tinha dúvida da capacidade de seu time, pois optou por se resguardar desde o início da partida, com intenção de chegar ao ataque em jogadas de velocidade, na maioria das vezes equivocadas.
EXPULSÃO
Assim, se o jogo estava chocho, de baixíssima qualidade, e aparentemente se arrastando para um zero a zero, tudo mudou a partir dos dez minutos do segundo tempo, quando o volante Felipe Amaral incorporou a dádiva dos grandes lançadores e colocou o centroavante Eliel para correr, ganhando na velocidade do zagueiro Márcio Silva, que cometeu falta antes da entrada da área.
Com o empurrão, Eliel caiu dentro da área, e assim o árbitro Marielson Alves Silva se equivocou ao marcar pênalti, posteriormente revisto com conferência do lance através do VAR. Só que Márcio Silva, do Botafogo, acabou expulso, ocasião em que o treinador Adilson Batista preferiu sacar o centroavante Salatiel para entrada do zagueiro Carlos, e assim recompor o miolo de zaga.
JEAN CARLOS
Àquela altura, o lateral-esquerdo da Ponte Preta passou a ser Maílton, que havia substituído Jean Carlos, lesionado, com permanência em campo apenas nos primeiros seis minutos do segundo tempo.
Paradoxalmente, foi no lado esquerdo do gramado que a Ponte Preta passou a se aproximar mais vezes da área adversária, e em uma das ocasiões com o próprio Maílton, que arriscou chute da entrada da área, com desvio do botafoguense Tárik e endereço da bola no canto baixo esquerdo do goleiro Matheus Albino.
FELIPHINHO CONSOLIDOU
Mesmo com o Botafogo não ameaçando, havia a natural preocupação do torcedor pontepretano de que o seu time ainda pudesse sofrer risco, devido à instabilidade provocada pela equipe neste início de competição.
Aí, o sossego da galera ocorreu em lance aparentemente improvável: o volante Feliphinho colocar em prática característica então desconhecida de cabeceador e, após cobrança de escanteio da direita, no primeiro pau, ganhou a disputa de Carlinhos e ampliou a vantagem pontepretana para 2 a 0, aos 26 minutos.
Entretanto, esse caprichoso futebol ainda colocou a Ponte Preta em perigo duas vezes. Primeiro em cabeçada do volante Guilherme Madruga, após cobrança de escanteio, com bola resvalada em Mateus Silva impedindo o gol, aos 37 minutos.
Depois, aos 46 minutos, quando Lucas Cardoso chutou em direção ao gol, mas a bola foi interceptada pelo zagueiro Édson, da Ponte Preta. Logo em seguida, lançado em contra-ataque, o atacante Pablo Dyego desvencilhou-se de adversários, mas pecou na finalização.
APLAUSOS PARA ELIEL
Como convém a um atleta esforçado e enquadrado entre os decisivos nesta vitória pontepretana, como Eliel, o treinador interino Felipe Moreira fez questão de substituí-lo faltando três minutos para o encerramento da partida, exatamente para que recebesse aplausos dos torcedores. Gui Pira, que entrou no lugar dele, sequer ‘relou’ na bola.
PRIMEIRO TEMPO
Se houve o citado desdobramento no segundo tempo, o primeiro período foi horroroso, sem criatividade ofensiva de ambas equipes. Registro apenas para uma falha de cada lado, que quase resultou em comprometimento.
Primeiro a bobeada do zagueiro botafoguense Lucas Dias em recuo de bola, que permitiu ao atacante Eliel ganhar o lance, mas adiantou a bola antes do enfrentamento com o goleiro Matheus Albino, que praticou a defesa, aos nove minutos.
Da mesma forma, o zagueiro Fábio Sanches, da Ponte Preta, também vacilou em jogada supostamente controlada, mas perdeu a bola para o atacante Osman, do Botafogo, que, ao alongá-la, permitiu que o goleiro Caíque França chegasse primeiro no lance e abafasse o perigo, aos 27 minutos.
Como o Botafogo se preocupou na organização defensiva, não se importou com a saída de bola da Ponte Preta, com três zagueiros, extremamente lenta e sem qualquer objetividade.
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