Recife, PE, 20 (AFI) – Gilmar Dal Pozzo, atual treinador da Chapecoense, acionou o Náutico na Justiça cobrando o valor de R$ 956.811,50, alegando o não pagamento de salários, danos morais, multas, FGTS e honorários sucumbenciais. O ex-treinador do Alvirrubro entrou com a ação em agosto de 2020, quando deixou o clube de maneira bastante conturbada. Hoje, o caso está na 13ª Vara da Justiça do Trabalho do Recife, ainda sem nenhuma conclusão.

Enquanto Gilmar afirmava que foi demitido, o clube pernambucano emitiu uma nota oficial dizendo o contrário, e que apenas o colocou como treinador do time sub-23. Dal Pozzo e sua defesa defendem que o Náutico voltou atrás na sua decisão, após perceber que teria de pagar a multa recisória no valor de R$ 500 mil.

DEFESA DE DAL POZZO

Confira um trecho da defesa do treinador:

“Diante disso, a reclamada, em uma manobra DESESPERADA e FRAUDULENTA, na tentativa de se desonerar do pagamento da referida cláusula contratual, bem como das demais verbas rescisórias as quais tem direito o reclamante, tentou “voltar atrás na sua decisão” e notificou o reclamante de que ele passaria ao comando técnico da equipe sub-23 que sequer existia na reclamada”.

O clube está ciente da situação e está dentro do prazo de defesa, que, segundo o vice-presidente jurídico, Luiz Gayão, será analisada e formulada.

PASSAGEM PELO NÁUTICO

O treinador catarinense teve uma primeira passagem pelo Náutico entre 2015 e 2016, mas ficou mesmo marcado na história do clube quando foi Campeão Brasileiro da Série C de 2019. Na ocasião, o Timbu bateu o Sampaio Corrêa na final, pelo placar agregado de 5 a 3. Porém, no ano seguinte o time começou muito mal a Série B, o que rendeu toda essa confusão.

Ao todo, Gilmar comandou os alvirrubros em 70 partidas, tendo aproveitamento de 60,9%. Foram 36 vitórias, 20 empates e 14 derrotas.

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