Torneio só serve pelos R$ 360 mil à Ponte; futebol continua fraquíssimo
Time vence o Mirassol por 1 a 0 em Campinas
Torneio só serve pelos R$ 360 mil à Ponte; futebol continua fraquíssimo
Se é que esse Troféu do Interior valeu para alguma coisa à Ponte Preta, singularize a cota de R$ 360 mil oferecida pela Federação Paulista de Futebol, após vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol, no Estádio Moisés Lucarelli, na noite desta segunda-feira.
Sei do apego do torcedor ao time pontepretano e do público até surpreendente de 7.072 torcedores para presenciar a partida, mas espera-se que não se deixem enganar pela conquista desse torneinho.
O futebol mostrado por ambas equipes foi sofrível, tanto que a Ponte apareceu ofensivamente apenas com arremates de fora da área, um deles em jogada de lucidez do atacante Silvinho, pela esquerda, que ergueu a cabeça antes do passe rasteiro que encontrou o lateral-direito Emerson na corrida, com chute forte e fora do alcance do goleiro Ygor, do Mirassol, aos 23 minutos do segundo tempo.
Afora isso, o mesmo Emerson, Jefferson e Orinho arriscaram chutes de longa distância, sem que representassem ameaça ao Mirassol.
Louve-se sim o espírito guerreiro do time pontepretano, mas tecnicamente é fraco e precisa ser reformulado para o Campeonato Brasileiro da Série B.
BRIGATTI
Vão surgir eventualmente elogios ao trabalho do treinador interino João Brigatti, mas cabe citar a teimosia dele ao insistir com o atacante Yuri que, preso entre zagueiros, é absorvido com extrema facilidade.
Exceto cruzamentos ao lado da grande área adversária, não se constata outras alternativas de jogadas da equipe. Não se vê o mínimo de criatividade.
A improvisação de um zagueiro e um lateral como volantes, casos de Nathan e Jefferson, foi outro equívoco do treinador, pois assim o time não tem fluxo na saída de bola.
Igualmente não se iludam com o gol marcado por Emerson, porque o futebol dele está bem aquém do lateral-direito que a Ponte precisa para o restante da temporada.
MEXIDA RADICAL
Portanto, se para o torcedor passional o que interessou foi ganhar o jogo e festejar o torneio, para o racional esse time precisa ser mexido radicalmente.
Oxalá os dirigentes não se deixem enganar pelo troféu que vai para a galeria e coloquem as mãos na massa.
Estranhamente o Vitória da Bahia vai levar o polivalente Jefferson, jogador esforçado, porém fraco.
A Ponte não tem nada a perder caso negocie Emerson com o Atlético Mineiro. É um jogador de transição rápida, mas precisa corrigir vários aspectos de fundamentos. Igualmente não se iludam com Danilo Barcelos, do Galo mineiro, cujo mérito se restringe àpenas ao bater na bola.