Torcida do Sport invade campo após gol do Vasco e protagoniza cenas lamentáveis na Ilha do Retiro

Torcedores do Sport perderam a cabeça após jogadores do Vasco provocarem em comemoração de gol em frente à sua torcida

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Recife, PE, 16 (AFI) – Uma confusão generalizada nos minutos finais do duelo entre Sport e Vasco, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, provocou cenas lamentáveis no Estádio da Ilha do Retiro, no Recife. Aos 50 minutos do segundo tempo, logo após o gol marcado pelos vascaínos, torcedores locais invadiram o campo e protagonizaram cenas lamentáveis. Houveram feridos.

COMO TUDO COMEÇOU

Toda a confusão começou já nos acréscimos do duelo. Após um lance polêmico, o Vasco teve um pênalti marcado depois de revisão feita pelo VAR. Na cobrança, Raniel mandou para as redes e empatou o duelo. Depois disso, tanto Raniel, autor do gol, como outros jogadores da equipe vascaína foram comemorar em frente à torcida do Sport, rival direto pelo acesso. Um deles arremessa uma cadeira em direção aos torcedores.

Depois disso, as cenas foram de selvageria. Inconformados, presentes no estádio, quebraram o portão e invadiram o campo, apesar do esquema de segurança montado para a partida. Em menor número, policiais e bombeiros ficaram impotentes em relação a boa parte das cenas as quais ocorreram no estádio.

PANCADARIA

A partir daí, diversas agressões ocorreram por vários minutos. Após quebrarem o portão de acesso ao campo, torcedores do Sport, em sua maioria membros de uma torcida organizada, partiram para cima de um bombeiro civil o qual tentava acalmar os ânimos e uma bombeira mulher a qual foi cercada. Depois disso, os invasores tentaram agredir o árbitro e os jogadores rivais.

Na confusão, torcedores arremessaram pedras em direção a jogadores e às forças de segurança. Algumas delas atingiram outros torcedores e também bombeiros, os quais acabaram feridos. Apesar disso, bombeiros e médicos se revezaram para atender os feridos, formando uma fila na ambulância, na cena mais dramática do conflito.

CONTINUOU…

Quando a situação parecia controlada dentro do estádio, a confusão seguiu fora dele. Com os ânimos acirrados, torcedores locais protagonizaram mais brigas, agressões e confusão do lado de fora do estádio. O confronto seguiu por mais alguns minutos até a Polícia Militar de Pernambuco conseguir dispersar a confusão. Não há informações sobre mais feridos.

Pouco depois, o tumulto dentro do estádio voltou. Presa nos vestiários, a delegação do Vasco demorou a deixar a Ilha do Retiro em segurança porque torcedores do Sport invadiram a área dos vestiários e ameaçaram agredir a delegação cruz-maltina. Após algum tempo, a Polícia Militar conteve os ânimos, mas ainda assim relatos de agressão vieram do lado visitante.

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Futebol ficou em segundo plano no duelo entre Sport e Vasco (Foto: Daniel Ramalho / VASCO)

JOGO ACABOU

Com medo de uma nova confusão e sem garantias de ter a sua segurança preservada dentro do estádio, jogadores e comissão técnica do Vasco resolveram abandonar o gramado. Além disso, após mais de 50 minutos de briga, o árbitro Raphael Claus resolveu apitar o fim do jogo, encerrando o duelo com o 1 a 1 no placar.

REVOLTA

O encerramento do duelo revoltou o técnico do Sport, Claudinei Oliveira. Em entrevista concedida, o treinador afirmou que o “o crime compensa” e que “o infrator foi beneficiado”, citando a provocação realizada pelos jogadores do Vasco e a cadeira arremessada em direção à torcida. Os Vascaínos, por sua vez, classificaram a atuação de Raphael Claus, árbitro FIFA, como omissa. Confira a aspa completa do técnico do Sport abaixo.

“Jogadores do Vasco provocaram e jogaram cadeira na nossa torcida. O árbitro não se sente seguro para continuar, o Vasco não quer, mas a PM deu segurança. O crime compensa. Estão beneficiando o infrator.”

Os Vascaínos, por sua vez, classificaram a atuação de Raphael Claus, árbitro FIFA, como omissa.

ALÍVIO

Após o fim do jogo, a bombeira civil Juliana Correia, vítima de uma agressão covarde por parte de um grupo de invasores, deu entrevista ao SporTV. Nela, confirmou que estava bem e falou sobre a quantidade de pessoas as quais passaram mal e precisaram de atendimento na ambulância. Confira abaixo a fala.

“Para falar a verdade, não senti na hora. Acho que a adrenalina estava tão alta que eu não senti, entendeu? Eu só senti depois que os meninos mostraram a filmagem e senti a perna doendo, mas trabalho que segue, tinha muita gente passando mal na ambulância, como vocês viram, e a gente está aqui para dar o melhor, tentar amenizar quem está passando mal

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