Torcida do Palmeiras faz festa na porta do CT na despedida em São Paulo
Desta vez os atletas não apareceram na janela para acenar aos palmeirenses.
São Paulo, SP, 2 – O Palmeiras se despediu da torcida com festa dos palmeirenses em frente à Academia de Futebol, em São Paulo, no final da manhã desta terça-feira. Os torcedores cantaram as tradicionais músicas de apoio ao time por pouco mais de uma hora.
A concentração, convocada pela torcida organizada Mancha Alviverde, começou às 10 horas. O ônibus com a delegação deixou o CT às 11h05. Naquele momento, parte da torcida pulou o bloqueio feito pela Policia Militar e correu para acompanhar o automóvel com os jogadores e comissão técnica.
Ao contrário do que aconteceu na festa de despedida antes do embarque para a decisão da Copa Libertadores contra o Flamengo, em novembro passado, em Montevidéu, no Uruguai, os atletas não apareceram na janela para acenar aos palmeirenses.
Havia na porta da Academia de Futebol, no bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, um grupo grande de torcedores a fim de mostrar apoio à equipe antes da viagem a Abu Dabi. O voo fretado com a delegação decola às 13 horas do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). A chegada nos Emirados Árabes Unidos está prevista para quinta-feira, às 4 horas (de Brasília).
Não era incomum ver torcedores emocionados. A mais ilustre delas, a aposentada Maria Heloisa, de 82 anos, não conteve o choro assim que o ônibus deixou o CT. “Eu morro por eles. Sempre vou aos jogos. Sou palmeirense da Vila Mariana desde sempre”, contou. “Eu amo todos os jogadores. Dos antigos, sou fã do Edmundo. Já falei a ele”, acrescentou a palmeirense.
Ela acompanhou o Palmeiras em Tóquio, no Japão, em 1999, na disputa do antigo formado do Mundial, chamado à época de Copa Intercontinental. Desta vez, apesar da vitalidade, vai assistir ao time do técnico português Abel Ferreira pela televisão.
“A emoção é muito grande. Melhor acompanhar de casa”, justifica Maria Heloisa, tratada como uma espécie de amuleto pela torcida. Em suas redes sociais, ela compartilha seu amor pelo Palmeiras.
Dona Lija, como é chamada, já deu dezenas de entrevistas, vai com frequência ao CT e é comum vê-la nas cadeiras do setor Gol Sul, atrás de um dos gols do estádio Allianz Parque, em São Paulo. Em resumo, ela está onde o Palmeiras está.
Ricardo Magatti