'Torcida do Guarani não veio preparada para derrota', diz dirigente do Boa Esporte

O diretor de futebol Rildo Moraes achou a reação dos bugrinos exagerada e concordo com a ação da Polícia Militar

O diretor de futebol Rildo Moraes achou a reação dos bugrinos exagerada e concordo com a ação da Polícia Militar

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Varginha, SP, 07 (AFI) – A confusão protagonizada pela torcida do Guarani e a Polícia Militar de Varginha segue dividindo opiniões. Enquanto a diretoria do Bugre culpa a PM pelas cenas de violência, o Boa Esporte vê a ação dos policiais com uma reação natural ao comportamento dos bugrinos, que já é recorrente.

O diretor de futebol do time boveta, Rildo Moraes, lamentou a violência, mas ressaltou que concorda com a postura da Polícia Militar. Para ele, a confusão poderia ser pior caso não fossem usados recursos como balas de borracha e gás lacrimôgenio

“Eu acho que a policia agiu no vigor da lei. Em São Paulo, o Guarani já perdeu mando por causa de invasão de torcida e era isso que a Polícia queria coibir, para isso que eles estão preparados. Se não eles não agissem com vigor para restabelecer a ordem, a confusão seria maior”, disse o dirigente em entrevista exclusiva ao Portal Futebol Interior.

Rildo ainda comentou que a reação desproporcional da torcida do Guarani foi causada pelo fato dos torcedores terem subestimado o Boa Esporte, na convicção de que iriam levar o título na casa dos adversários.

Rildo Moraes (dir), lamentou a violência na final contra o Guarani de Horley Senna. (esq). (Foto: Divulgação / Guarani FC)

Rildo Moraes (dir), lamentou a violência na final contra o Guarani de Horley Senna. (esq). (Foto: Divulgação / Guarani FC)

“Os torcedores do Guarani não vieram preparados para a derrota, eles acharam que iam chegar aqui e reverter o placar. Então reagiram assim, saquearam os bares, queriam atacar a própria diretoria do GuaraniNão são todos, quero deixar claro. A gente tem que tirar essas pessoas do meio do futebol”, disse.

O dirigente estavam no estádio na hora da confusão e se dirigiu ao setor das arquibancadas destinado a torcida boveta para pedir calma aos torcedores, que segundo ele não se envolveram em maiores confusões.

“Fui pedir pra fazer uma preventiva, pra deixar a polícia trabalhar e evitar atrito. Quando começa essa coisa de provocação é perigoso, mas não tivemos problemas com a nossa torcida, nem com nossos jogadores”, afirmou Rildo.

GUARANI
Jogadores e dirigentes do Guarani se posicionaram a favor dos torcedores. “É um abuso de autoridade o que a Polícia Militar está fazendo”, disse o presidente Horley Senna, ainda no estádio, após ser atingido por spray de pimenta.

Depois o próprio clube divulgou nota de “profundo repúdio à atitude da Polícia Militar de Varginha” e informou que um dos médicos da agremiação teve ferimentos no nariz, enquanto que o repórter da TV Guarani foi hospitalizado com um corte profundo na cabeça.

A Polícia Militar não respondeu às críticas e a direção do Boa também não se manifestou sobre os problemas com a torcida adversária. Já a Prefeitura de Varginha, responsável pelo estádio, calcula os prejuízos e tentará identificar e cobrar o prejuízos.