Torcida bugrina carrega o time nas costas até o acesso ao Paulistão

Time guerreiro vence XV de Piracicaba por 1 a 0 e escapa da penosa A2

Torcida bugrina carrega o time nas costas até o acesso ao Paulistão

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Acabou o suplício. Com toda justiça o Guarani está de volta à elite do futebol paulista. Foi uma vitória dramática por 1 a 0 sobre um XV de Piracicaba, que vendeu caro a derrota na noite desta quarta-feira no Estádio Brinco de Ouro, diante do histórico público de 15.816 pagantes.

Ninguém merece receber mais cumprimentos pelo acesso de que o torcedor bugrino que, ao acreditar na força da equipe, decidiu abraçá-la de vez.

Quem ironicamente a rotulou na escala de 3% em suposta pesquisa na região de Campinas deu com os ‘burros n’água’ e terá que se explicar.

Exceto os 200 torcedores de Piracicaba, que acompanharam a partida, o restante era de bugrinos, proporcionando uma ‘rendona’ de R$ 237.525.

JOGO TRUNCADO

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Como de praxe em jogo decisivo, foi truncado, pegado, faltoso, com o XV exercendo forte marcação até sofrer o gol aos dois minutos do segundo tempo.

Um gol fruto de troca de passes rápidas e envolventes dos bugrinos, com Bruno Nazário enfiando a bola em profundidade para o volante Ricardinho, que apareceu de surpresa na cara do gol, e a deslocou para o canto direito.

A rigor, foi uma das três reais oportunidades criadas pela equipe. A primeira ocorreu aos 41 minutos do primeiro tempo, quando, na persistência, o atacante Bruno Mendes ganhou a jogada de Simon, serviu Erik, mas o chute não teve direção.

Em jogada semelhante, quase no final da partida, Caíque serviu o meia Fumagalli, mas a finalização foi igualmente para fora.

Na prática, o XV só ameaçou aos três minutos de jogo, quando incrivelmente Fabinho perdeu gol feito, chutando a bola para fora.

Pelas dificuldades inerentes da partida, o Guarani não conseguiu colocar em prática um futebol bem jogado.

A superação foi na raça. Desta vez não cometeu falhas defensivas, e soube suportar o assédio ofensivo do XV, que, em desvantagem, havia abandonado o esquema cauteloso.

LOUZER

Cabe, como justiça, parabenizar o trabalho do treinador Umberto Louzer que teve controle absoluto do elenco neste Campeonato Paulista da Série A2. Teve discernimento para escalar aquilo que tinha de melhor em suas mãos.

Diferentemente de seus antecessores, não se curvou à pressão de qualquer segmento para a escalação do meia Fumagalli. Deixou-o na reserva, entrando quando julgou conveniente.

Quer queiram, quer não, esse acesso tem o igualmente o dedo do treinador Fernando Diniz, que colaborou decisivamente na montagem da equipe.

Mesmo criticado pela troca do Guarani pelo Atlético Paranaense, na despedida disse que havia plantado uma sementinha, fato que se confirma agora.

Tem-se que reconhecer que os dirigentes procuraram se assessorar melhor. Providencialmente corrigiram erros do passado, e acertaram em decisões, a principal delas a garantia de pagamento em dia dos salários.

Elogios ao trabalho competitivo feito pelo treinador Evaristo Piza neste só voluntarioso time piracicabano. Estrategicamente ele soube organizá-lo para que chegasse onde chegou.

E cumprimentos extensivos ao Globo Esporte-Campinas que mostrou, na internet, as imagens do jogo.