Torcedor do Palmeiras passa mal e morre após confusão no Couto Pereira
"Não aceitamos mentiras que foram divulgadas como 'estavam sem ingressos e tentaram invadir o estádio', 'tentaram invadir a sede de outra torcida'" - Mancha Verde
Um torcedor do Palmeiras morreu, nesta segunda-feira, após uma briga entre torcedores de Coritiba e do time paulista nos arredores do estádio Couto Pereira
Campinas, SP, 13 – Um torcedor do Palmeiras morreu, nesta segunda-feira, após uma briga entre torcedores de Coritiba e do time paulista nos arredores do estádio Couto Pereira, em Curitiba, no domingo. A confusão aconteceu durante a partida entre as duas equipes, vencida por 2 a 0 pela equipe do técnico Abel Ferreira, pelo Brasileirão.
De acordo com a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE), o torcedor morreu em decorrência de um problema causado pela diabete. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. Exames não constataram lesões corporais, descartando a possibilidade do homem ter sofrido agressões.
NOTA OFICIAL DO CORITIBA
De acordo com uma nota publicada pelo Coritiba, a briga começou após torcedores do Palmeiras tentarem invadir o Couto Pereira, já no segundo tempo da partida. A Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar os palmeirenses e os efeitos foram sentidos por quem estava nas arquibancadas.
“O Clube manifesta sua total reprovação e lamenta profundamente os fatos ocorridos e a crescente escalada da violência entre torcidas organizadas em várias cidades pelo país”, escreveu o clube paranaense.
NOTA DA ORGANIZADA DO PALMEIRAS
Também em nota, a Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras, repudiou a ação da polícia do Paraná durante a escolta para o Couto Pereira. Segundo a uniformizada, sete ônibus com 350 torcedores, todos com ingressos, saíram de São Paulo para acompanhar a partida, mas a PM errou o trajeto e o portão de entrada no estádio, deixando os veículos em uma rua repleta de torcedores rivais, que teriam arremessado pedras nos carros. A Mancha alega ainda que a PM faltou com preparo no uso de gás lacrimogêneo e armas com balas de borracha.
“Não aceitamos mentiras que foram divulgadas como ‘estavam sem ingressos e tentaram invadir o estádio’, ‘tentaram invadir a sede de outra torcida'”, escreveu a uniformizada.
“Não saímos de SP com cada um pagando R$ 130 de passagem e R$ 200 de ingresso, com muitas mulheres e crianças em nossos ônibus para não entrar no jogo, invadir sede e brigar. Também não saímos de SP para sermos mal tratados por PMs amadores, que nos jogaram em uma cilada para sermos apedrejados e massacrados dentro de ônibus.”