TOQUE DE BOLA

SÉRGIO CARVALHO

Toque de Bola: Algumas pinceladas do futebol brasileiro

Reeditei a coluna que fez sucesso no jornal Popular da Tarde, que já não existe mais. Era um comentário de abertura e uma porção de pequenas notas

Vou falar um pouco de cada coisa, até abordar todos os assuntos que gostaria de falar. Tudo curto e grosso, que fica mais fácil de ler. Vamos lá.

Tite - Flamengo - 2024
Tite é muito questionado no Flamengo. Foto: Reprodução ESPN

Campinas, SP, 14 (AFI) – Quando comecei a escrever aqui no site Futebol Interior, reeditei a coluna que fez sucesso no jornal Popular da Tarde, que já não existe mais. Era um comentário de abertura e uma porção de pequenas notas que vinham em seguida até o final do texto. Hoje, vou reeditar aquela fórmula utilizada no Toque de Bola. Vou falar um pouco de cada coisa, até abordar todos os assuntos que gostaria de falar. Tudo curto e grosso, que fica mais fácil de ler. Vamos lá.

  • * No final de semana, vi a maioria dos jogos. A começar por Flamengo e Corinthians, no sábado à tarde. O Mengão deitou e rolou. Fez 2 a 0 como poderia ter goleado. O técnico António de Oliveira errou na escolha do esquema tático de seu time e ajudou o adversário a vencer. Sorte de Tite que, se perdesse o jogo, seria mandado embora. Ainda assim, não considero Tite o técnico ideal para o Flamengo. Acredito que ele seja demitido antes do meio desse ano.
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  • * O Corinthians tem um elenco fraco. Antônio de Oliveira comete erros, mas não é o grande culpado pela baixa produção do time. Faltam laterais, mais um zagueiro de área e mais homens de criação. Com o atual elenco, o Timão não vai ganhar nada neste ano. E ainda está ameaçado de cair no Brasileirão.
    Pior são as dívidas. O próprio presidente do clube está muito assustado e não vê chance de recuperar as finanças do clube na sua gestão.
    Talvez o melhor fosse imitar o Flamengo quando esteve na mesma situação. Criar uma comissão de corintianos entendidos em finanças, traçar um plano de recuperação e avisar a torcida que, enquanto o clube não equilibrar seu caixa, não será possível ganhar títulos. 

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  • * Neste momento, o São Paulo é o melhor clube paulista no Campeonato Brasileiro, Série A.  Com a vitória sobre o Fluminense, na última segunda-feira, chegou a 10 pontos ganhos e está a apenas 3 pontos do líder, Athletico Paranaense, que tem 13.
    O Bahia também tem 13, mas um saldo de gols inferior ao Furacão do Paraná. O Flamengo está em terceiro com 11. Ao lado do São Paulo com 10 pontos estão Botafogo e Cruzeiro, que fecham a lista dos seis primeiros colocados e, por enquanto, os maiores favoritos ao título.
    Na parte de baixo, Fluminense, Vitória, Atlético-GO e Cuiabá são os quatro últimos colocados e, por tabela, os quatro mais ameaçados, no momento, pelo descenso. Também estão mal, Corinthians, Juventude e Criciúma, todos com apenas 5 pontos ganhos. 
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  • * Sou sincero. Estou muito surpreso com o trabalho de Luis Zubeldia, como técnico do São Paulo. Ele venceu Barcelona do Equador (2 a 0), empatou com o Palmeiras (0x0), venceu o Àguia do Marabá (3×1), venceu o Vitória, da Bahia (3×1), venceu o Cobresal (3×1) e o Fluminense (2×1). São 5  vitórias e 1 empate. Nenhuma derrota.
    E o importante: o São Paulo vence e convence. A torcida tricolor está eufórica e já começa a transformar o treinador argentino em ídolo. Na verdade, ele é diferente. Tem carisma. Tem o grupo de jogadores nas mãos. Não utiliza só um esquema de jogo. Tem vários e também dá chance a todos os atletas que compõem o elenco. É surpreendente. 
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  • * Fernando Diniz, técnico do Fluminense, parece estar em queda vertical. Seu time não consegue mais se impor aos adversários. Aquele negócio de ficar tocando bola na defesa que, antes, era muito elogiado, tem sido o responsável pela maioria dos gols inimigos. Além disso, ele anda mais nervoso do que nunca. Foi expulso mais uma vez contra o São Paulo.
    Já começa a se equiparar a Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, que ainda é o campeão dos cartões vermelhos. Mas, não demora, e Diniz chega lá. Alguém precisa convencê-lo de que futebol se ganha dentro do campo e não com gritos histéricos na beira do gramado.