Tombense não fez por merecer coisa melhor, mas o VAR pipocou em lance crucial
Segundo gol do Guarani teve polêmica sem o VAR traçar as linhas de impedimento.
Guarani voltou a vencer em casa e segue vivo na briga contra o rebaixamento. Mas continua dentro do Z-4 até o final desta 26.ª rodada da SÉRIE B.

Campinas, SP, 27 (AFI) – A cochilada após o almoço permitiu que observasse comentários dos parceiros antes da produção do texto da vitória do Guarani diante do Tombense por 2 a 1, na manhã/tarde deste sábado, em Campinas.
Primeiro a sinceridade do bugrino Luiz Otto Heimpel quando cita que valeram pelos três pontos, e complementa que mesmo desgostosa a torcida tem que apoiar, pois é isso que o Guarani conta para o momento.
Não bastasse isso, convenhamos que o treinador Mozart Santos não tem o direito de escalar mal e mexer pior ainda na equipe, tanto que foi vaiado quando sacou o meia Giovanni Augusto, aos 18 minutos do segundo tempo.
Não se contesta a entrada do atacante de beirada Júlio César, mas convenhamos que havia atleta que nada acrescentava e foi ficando em campo, como o meia Isaac.
E por que essa preferência por Isaac?
Alguém é capaz de responder?
PRESSÃO INICIAL
Aquela pressão inicial do Guarani, que se prolongou até a metade do primeiro tempo, não significou melhoria de rendimento técnico.
Foi voluntariedade dos jogadores, transformada em efetividade quando a jogada era organizada por Giovanni Augusto, que obrigou o goleiro Felipe Garcia a praticar defesa com grau dificuldade aos seis minutos, e ter organizado o contra-ataque para servir o centroavante Yuri Tanque em condições de arremate, sendo que outra vez o goleiro do Tombense praticou defesa.
Se é que se possa assinalar algo positivo ao treinador Mozart Santos, convenhamos que mostrou ao lateral-esquerdo Jamerson que, ao atacar, é imprescindível variar um pouco as jogadas em diagonal, pois o fundo do campo também é um caminho salutar.
Em uma das incursões buscando o fundo de campo, Jamerson cruzou a bola no segundo pau, aos 42 minutos, em lance que Yuri Tanque ganhou a disputa do lateral-esquerdo Manoel e testou de forma indefensável, no canto direito.
SAIU DA TOCA
Quando forçosamente o Tombense teve que sair da toca, no segundo tempo, considere duas observações procedentes dos parceiros em comentários.
Primeiro a confissão do bugrino Heimpel de que o seu time é isso aí e o jeito é esperar superação dos jogadores.
Cá pra nós: permitir que o Tombense comece o segundo tempo com maior volume de jogo é coisa sem nexo.
Cabe reflexão sim a observação feita pelo parceiro João da Teixeira quando interroga como esse Tombense conseguiu conquistar tantos pontos na classificação desta Série B do Brasileiro, para se distanciar daqueles que estão na rabeira?
São coisas que nem o próprio futebol explica, para quem tem um ataque horroroso, e por isso ficou na dependência de ajuda da defesa para chegar ao empate. E foi através do zagueiro Ednei, ao resvalar na bola de cabeça, após cobrança de falta, aos seis minutos.

CADÊ VOCÊ, VAR?
Três minutos depois, o lance polêmico do jogo.
Após Giovanni Augusto arriscar chute de longa distância e o bom goleiro Felipe Garcia ‘bater rouba’, a bola se ofereceu ao atacante bugrino Edson Carioca, aparentemente em posição de impedimento, mas na continuidade da jogada ele explorou o rebote e mandou a bola para a rede.
Lance duvidoso sim. O mínimo esperado era que responsáveis pelo VAR fizessem a checagem.
Pois o árbitro de vídeo que comandava o VAR, Héber Roberto Lopes, teria ignorado traçar as linhas e checar a posição do bugrino, segundo informações da equipe de transmissão do SporTV.
Estranho, muito estranho.
Depois disso, de prático, chute forte de Júlio César, com origem da jogada em contra-ataque, e defesa difícil de Felipe Garcia.
Embora tivesse buscado o gol de empate, o Tombense não teve competência para isso.
AGORA O VASCO
Portanto, de uma forma ou de outra o Guarani fez a lição de casa, apesar de ainda não ter fugido da zona da encrenca nesta rodada.
Além disso, a vitória sobre o Tombense não se transforma em alento para que o time engate sequência positiva de pontos.
Quando o Guarani é atacado, vê-se claramente que a marcação na cabeça da área não conta com a eficiência desejada, o que propicia ao adversário rondar aquele espaço.
Contra o Vasco, uma circunstância como essa é perigosa, pois o adversário tem mais qualidade técnica.