Tite processa Neto por ser xingado de 'babaca', 'idiota' e 'vagabundo'

Ex-técnico da seleção brasileira apresentou queixa contra o comentarista do programa "Os Donos da Bola", da TV Bandeirantes

Tite e os advogados querem enquadrar a situação nos artigos 140 e 141, por calúnia e difamação praticados pelo ex-jogador

Tite Neto
Técnico Tite processa Neto na justiça (Foto: Reprodução)

Campinas, SP, 16 – Ex-treinador da seleção brasileira, Tite apresentou uma queixa-crime contra Neto, ex-jogador e atual apresentador e comentarista da TV Bandeirantes, pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Os advogados do técnico, hoje desempregado, alegam no processo que Neto ofendeu a honra do técnico ao atacá-lo com seguidas ofensas minutos depois da eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo do Catar com revés nos pênaltis para a Croácia.

Depois da eliminação, no dia 9 de dezembro, Neto xingou Tite de filho de uma p…; desgraçado, sem-vergonha, burro, idiota, imbecil e vagabundo. Os xingamentos foram proferidos no programa “Os Donos da Bola“, transmitido em rede nacional pela Band e no YouTube. Os vídeos estão anexados na ação, que tramita no Fórum Regional de Pinheiros desde quarta-feira, 15.

Tite Neto
Técnico Tite processa Neto na justiça (Foto: Reprodução)

DEFESA RESPONDEU

Na queixa-crime, a defesa de Tite alega que Neto extrapolou “largamente o direito de crítica ou expressão” com as expressões, que “formam um conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas, possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra” do técnico.

O apresentador se revoltou com Tite pela opção do treinador em colocar Neymar para fechar as cobranças de pênaltis em vez de ser o primeiro batedor. Rodrygo e Marquinhos erraram e o Brasil foi eliminado nas quartas de final do Mundial sem que Neymar tivesse a oportunidade de cobrar a penalidade.

TITE NA JUSTIÇA

Os advogados de Tite querem que Neto seja enquadrado nos artigos 140 (injúria) e 141 do Código Penal. Este último prevê que a pena de um a seis meses seja ampliada em um terço quando o crime é cometido na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria, e, ainda, caso seja divulgado nas redes sociais.

O vídeo tem mais de 290 mil visualizações e o canal do programa conta com 2,2 milhões de inscritos. Com a reprodução do recorte do vídeo, o alcance aumenta significativamente, no cálculo da defesa de Tite, e chega a mais de 2,5 milhões de visualizações no YouTube.

Ao Estadão, a assessoria de Tite afirmou que o treinador não vai se pronunciar sobre o caso. Neto não respondeu aos contatos da reportagem.

Ricardo Magatti

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