Tite minimiza números e quer vitória para consolidar trabalho
Seleção Brasileira está invicta nas Eliminatórias
Campinas, SP, 28 – Líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira fará seu jogo derradeiro nesta terça-feira, contra a Bolívia, podendo bater algumas marcas. Uma vitória garantirá à equipe do técnico Tite o título simbólico das Eliminatórias, fará com que o Brasil bata o recorde histórico de pontos da competição e, de quebra, deverá colocar o Brasil de volta à liderança do ranking da Fifa. Apesar de reconhecer a importância dos números, Tite diz que a seleção buscará a vitória pela consolidação do trabalho e para avaliar algumas estratégias de jogo.
Com 42 pontos, o Brasil está quatro à frente da Argentina e a apenas um de alcançar a campanha do rival nas Eliminatórias de 2002. Se vencer a Bolívia, a seleção não terá mais nenhuma chance de ser alcançada. Se tropeçar, ainda poderia ser ultrapassada pelos argentinos caso eles vençam o Equador e, depois, o clássico adiado do ano passado.
TITE FOCADO
Tite, porém, diz focar apenas no desempenho do time. “Ficar em primeiro no ranking (da Fifa) tem significado, sim. Mas pra mim, particularmente, (o importante) é ver de novo a equipe jogar muito bem, é de novo ela conseguir estrategicamente passar por estas adversidades, ter seu futebol representado com qualidade técnica, de posse de bola”, disse Tite na última entrevista antes do jogo em La Paz.
O treinador ressaltou que o recorde de pontos, apesar de representativo, tem pouco resultado na prática. “É pelo trabalho, consolidação. O (Marcelo) Bielsa é um cara que eu respeito pra caramba, a Argentina fez uma grande campanha (nas Eliminatórias para a Copa de 2002) e aí ela saiu na primeira fase, num pênalti cometido pelo Heinze”, recordou o técnico. “É mais uma etapa de consolidação e evolução. Isso pra mim me fascina.”
ALTITUDE
Sobre o jogo com os bolivianos, Tite comentou que a altitude impede que a seleção imponha o mesmo ritmo de outras partidas. Por outro lado, ajudará o time a encontrar meios de se portar diante de adversidades.
“Claro que não vai dar pra colocar o mesmo ritmo. Essa velocidade que a gente joga em casa ou em condições normais, lá não dá”, sustentou o técnico. “Não tem influência (na classificação), mas tem muita influência em termos de estratégia, naquilo que a gente pode retirar de melhor na equipe em cima das adversidades, da altitude, em cima de uma série de resultados que a gente não teve lá historicamente contra a Bolívia.”
O auxiliar Cleber Xavier disse que a ideia é repetir a atuação de 2017, mesmo que na ocasião o jogo tenha encerrado com placar em branco. “A gente traz muito a estratégia que a gente trouxe das Eliminatórias passadas. A gente fez um grande jogo, não proporcionando à Bolívia as finalizações de média (distância) – eles tiveram oito finalizações e apenas uma no gol, a média que estão tendo agora é de 15 finalizações no gol. Conseguimos lá, com todas as dificuldades, 19 finalizações. Então a gente fez um jogo de posse, da nossa característica de pressionar. A gente fez um jogo de tirar os cruzamentos, que é um forte da Bolívia na altitude”, pontuou Cleber.
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