Tite 'explode' contra a arbitragem pela não expulsão de Otamendi após cotovelada
As críticas foram diretas ao árbitro uruguaio Andres Cunha e ao compatriota dele Esteban Ostojich no VAR.
São Paulo, SP, 17 – A cotovelada de Otamendi em Raphinha na partida desta quarta pelas Eliminatórias Sul-Americanas, em San Juan, no empate, por 0 a 0, entre Argentina e Brasil desequilibrou emocionalmente o técnico Tite, que mostrou toda a sua indignação após a partida em entrevista coletiva. As críticas foram diretas ao árbitro uruguaio Andres Cunha e ao compatriota dele Esteban Ostojich no VAR.
“Eu vou tirar a máscara para falar. E vou falar o que falei no vestiário para a arbitragem. E vou assumir. O Cunha é um extraordinário árbitro, a qualidade técnica e percepção deles são altíssimas, um aspecto disciplinar muito alto, mas arbitragem exige uma equipe de trabalho. Quem está no VAR… É simplesmente impossível, vou repetir, é simplesmente impossível, não ver a cotovelada do Otamendi no Raphinha. Isso ia determinar no resultado? Não sei. Grande jogo entre os dois? Grande jogo. Mas tem um componente que tem que ser igual. Para quem tem o discernimento de ver, assim como meu agradecimento a cidade de San Juan, a forma educada que nos recebeu. Não recebi um insulto enquanto estive no banco de reservas. Fora dos padrões normais, muito obrigado San Juan por acolher e respeitar o profissional. O outro lado. Árbitro de alto nível de VAR não pode trabalhar desta forma, é inconcebível. Não é o termo que queria dizer, estou falando esse porque sou educado”, disse o técnico da seleção brasileira.
ANÁLISE
Mais calmo, Tite analisou a boa partida disputada pelas seleções. “O jogo teve recursos técnicos extraordinários, as duas equipes premiam a articulação. A Argentina procura o De Paul para assessorar o Messi e acionar Lautaro ou Di María. Tínhamos o Vini e Raphinha para atacar espaços, um modelo de equipe mais vertical. Um gramado que proporciona uma qualidade muito boa. Um espetáculo com alternâncias. Uma equipe que tinha um pouco mais a bola, e a outra que era mais vertical, mas ninguém controlava o outro.”
O técnico brasileiro destacou também o poder das duas equipes e considerou um duelo digno de Mundial. “O nível técnico das duas equipes, a marcação posicional e forte das duas equipes, os embates individuais, a alternância de momentos de controle… É jogo de Copa do Mundo.”
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