Tite aprova desempenho do Brasil e lamenta falta de efetividade
Treinador considerou que o time foi bem na "média geral" e, inclusive, melhor do que a Croácia
Campinas, SP, 09 – O técnico Tite e sua comissão técnica consideraram que, “na média geral”, o Brasil foi bem na Copa do Mundo do Catar. Mesmo sem serem diretos nas respostas, o treinador e seu principal auxiliar, Cléber Xavier, apontaram que o Brasil foi melhor do que a Croácia no jogo que custou a eliminação do time no Mundial. A avaliação é que o resultado só não foi melhor por falta de efetividade na hora de finalizar, mesma justificativa dada após a derrota para Camarões, na primeira fase.
FALA, TITE!
“Na média geral, sim. Talvez faltasse aí uma efetividade maior e transformar em gols as jogadas criadas, principalmente no jogo de hoje”, considerou Tite, ao ser indagado se as apresentações da seleção haviam ocorrido do jeito que ele planejara nesta Copa do Mundo.
Seu auxiliar, como de hábito, usou números para mostrar que o Brasil foi melhor do que a Croácia na partida desta sexta. “Eles não conseguiram chutar uma bola no gol. Eles tiveram controle de bola no campo deles, não conseguiram furar, não conseguiram entrar. A gente teve 11 finalizações, acho que cinco seis, ou sete ou oito defesas do goleiro (croata), defesas difíceis”, apontou Cleber Xavier. “Teve controle e teve finalização ao gol. Faltou um pouquinho de efetividade? Talvez tenha faltado, mas o goleiro também foi bem.”
SUBSTITUIÇÕES
Tite também teve de responder sobre as substituições que promoveu no segundo tempo. Mesmo com as dificuldades que a seleção encontrou na etapa inicial, ele mandou a campo o mesmo time para os 45 minutos finais. Com cinco minutos, porém, colocou Antony na vaga de Raphinha, e pouco tempo depois sacou Vinicius Jr para a entrada de Rodrygo. Richarlison, Militão e Paquetá também saíram no decorrer da partida.
“Temos um jogador de qualidade técnica individual, que é o Rodrygo; temos um jogador, o Antony, de lado de campo, de jogada pessoal também, que entrou e nas outras também tinha entrado bem; Pedro, pivô, jogador de área para conclusão; Alex Sandro com o Militão sentindo cãibra, necessidade de substituição; e desgaste de Paquetá, por si só elas dão as devidas (justificativas)”, disse o técnico. “A jogada que nós fizemos o gol foi uma jogada construída com Rodrygo por dentro, de tabela curta. Mas eu entendo absolutamente, a dor e todas as críticas.”
Sobre se deixará um legado para o futuro técnico da seleção, cuja escolha ainda nem sequer começou, Tite declarou que este não é o melhor momento para opinar. “O tempo pode responder melhor. Agora a dor, por mais humano e por mais coerente, equilibrado e consciente que eu possa ser, a emoção está aflorada. Eu não tenho condições de avaliar todo o trabalho realizado”, disse. “Tenho certeza absoluta que, com o passar do tempo, as pessoas vão fazer uma avaliação devida.”
Marcio Dolzan
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