Times da Série B aderem a Lei da SAF e buscam investidores
Após a aprovação da Lei da SAF, times da série B passam a buscar investidores para quitar dívidas. Entenda mais sobre o caso
Após a aprovação da Lei da SAF, times da série B passam a buscar investidores para quitar dívidas. Entenda mais sobre o caso
Campinas, SP, 20 (AFI) – Com a nova Lei da SAF, times da série B passam a se classificar como clubes-empresa e buscam investidores para quitar dívidas.
A aprovação da Lei N°14.193, chamada Sociedade Anônima do Futebol, agora garante um novo mecanismo jurídico para os clubes de futebol no Brasil, como explica a matéria especial da Betway, site de esporte bet.
Com esse modelo, os times passam a ser clubes-empresa, abrindo novos caminhos para investimentos externos, com benefícios como regime tributário especial e facilidades corporativas.
Em um primeiro momento, grandes nomes do segmento já aderiram a esse modelo. Recentemente, o Botafogo se destacou no mercado ao ter 90% do seu clube adquirido pelo empresário John Textor.
Outro clube que ganhou mídia foi o Cruzeiro, ao ser comprado pelo ex-jogador Ronaldo.
Essas e outras possibilidades se tornam possíveis com a lei da Sociedade Anônima do Futebol.
Agora, com a Lei da SAF, os times da série B também consideram aderir a essa categoria, e estão em busca de investidores.
Os principais nomes incluem o Cuiabá, Coritiba, Chapecoense e América-MG. Com dívidas milionárias, a Lei da SAF poderia auxiliar esses clubes a quitar os débitos e receber aportes externos.
Segundo o levantamento da Betway, a soma das dívidas desses times chega a quase R$500 milhões.
Dessa forma, as possibilidades de investimento da Lei da SAF para times da série B se tornam atrativas no mercado, com negociações que já estão em andamento.
Vantagens e desvantagens da Lei da SAF para times da série B
Em um primeiro momento, a Lei da SAF para times da série B permitirá que eles continuem atuando como associações civis, mas com maior liberdade de gestão, embora tenham que atender critérios de transparência mais rígidos.
Contudo, segundo a Betway Insider, isso torna as propostas mais atrativas quanto aos times menores, atraindo investidores mais significativos.
Por outro lado, existem alguns pontos de atenção. “Para além do aspecto filosófico, ou seja, da discussão do quão eficaz uma mudança legal se traduz numa mudança de postura social, tem-se o fato da lei não ter sido muito bem elaborada nesse aspecto. Se adicionar-se a fragilidade que a sociedade brasileira tem em respeitar aspectos legais e todas as consequências desse fato, a situação torna-se mais crítica”, aponta Luciano Motta, advogado especializado em direito desportivo em entrevista para o site de apostas esportivas. Segundo o advogado, as vantagens prometidas na Lei da SAF para times da série B correm o risco de não serem cumpridas.
Quais os cuidados que os times devem ter?
“O brasileiro precisa ficar de olho em dois pontos principais. O primeiro é sobre que SAF está sendo criada, o que está sendo colocado nessa SAF. Depois, quem está comprando essa SAF, qual o perfil desse investidor, qual a índole desse investidor, qual a perspectiva dele com o clube. Estamos falando de clubes com características muito distintas, expectativas da torcida muito distintas, e isso também vai pesar”, afirma o jornalista e pesquisador Irlan Simões para a Betway.
Nesse caso, os clubes que estão em busca de investidores devem se atentar para os perfis de ofertas, para alinhar com a própria associação.
“O torcedor fazer o oba oba pelo dono eu acho que é enfraquecer a posição do clube, fazer o dono se tornar maior que o clube. E isso é ruim. Em algum momento isso vai ser muito ruim para muitos casos de clubes, porque a tendência é que esses pretensos investidores (porque não sabemos se eles vão investir) cheguem com maior força de negociação que qualquer clube. Esse é o perigo”, conclui Irlan Simões para o site de apostas. Ter a possibilidade de negar propostas também deveria ser mais contemplado.
Por fim, é importante ter em mente que a Lei da SAF, para times da série B, representa uma nova possibilidade, e não uma solução. Ainda é necessário se dedicar e buscar um posicionamento mais concreto para se dedicar ao seu objetivo maior: o futebol.
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