BLOG DO ARI

Campinas, SP, 8 (AFI) – Quantas vezes você já ouviu a desculpinha esfarrapada de cartolas ao citarem que ‘contratar está difícil num mercado inflacionado’? Ora, e o dito ‘quem não tem cão caça com gato’?

Se falta dinheiro para investimentos, por que não se projetar apostas, com possibilidades que ‘vinguem’.

Um calorão de domingo como este, naturalmente que o convite de quem não tem responsabilidade de cuidar do futebol de clubes é saborear goladas de cervejas em rodas de amigos, ou confraternização familiar.

Mas você que está na bola – sem que seja genuinamente da bola – tem que saber que a sua obrigação é se virar nos trintas.

Por que esse preâmbulo?

Porque tenho ‘curujado’ esta Copa São Paulo para me certificar das revelações.

Se não vejo nada em confrontos como Marília x Ji Paraná, ou Sampaio Corrêa x ABC, de repente cai no colo uma equipe com revelações do interior mato-grossense, caso do Nova Mutum, que cedeu empate por 1 a 1 ao Cruzeiro no finalzinho de partida deste domingo.

CONDIÇÃO FÍSICA

E não é que a então desconhecida equipe encarou o ajustado time cruzeirense na base do ‘pau a pau’!

E chegou ao gol aos 22 minutos do segundo tempo, mas como segurar o resultado se fisicamente as condições de seus atletas são inferiores às do adversário? Cansaram.

Todavia, enquanto teve pernas, o Nova Mutum foi uma grata surpresa.

O clube leva o nome da cidade do interior mato-grossense, com 55.648 habitantes, e coloca na vitrine dois atletas que deveriam ser mais bem observados, porque na faixa etária do sub-20 o atleta oscila.

DAGOBERTO E NALBERT

Antes de cansar, o atacante de beirada Dagoberto deixou impressão favorável pela facilidade de drible e reflexo rápido para continuidade das jogadas.

A rigor, como não mostrou característica de velocidade, faltou ao seu treinador Marcelo Moreira observar que ele seria mais bem aproveitado como meia-atacante, pela facilidade de alongar a bola com qualidade ao ‘roubá-la’ em seu campo defensivo, na procura pela reorganização de jogadas.

Pena que cansou com 15 minutos do segundo tempo, e por motivo justificável: seis meses atrás era operário em fazenda de soja, no seu Estado.

E aí fica a pergunta: por que esses clubes por aí mostram as suas revelações e o futebol campineiro fica a pé?

Calma. Tem mais um jogador do Nova Mutum que deve ser mais bem observado: o centroavante Nalbert, com reflexo rápido para trabalhar a bola com companheiros nas proximidades da área adversária, além da versatilidade de dribles.

EMPRESÁRIOS

São jogadores de empresários?

Provavelmente, mas por defenderem um clube sem expressão no cenário nacional, de certo agremiações que se dispuserem a conversar sobre negociações serão ouvidas.

Cartolada do futebol de Campinas que ronca e reclama de mercado inflacionado, não custa dar uma olhada nos dois jogadores citados no próximo jogo do Nova Mutum, que será contra o Capital F.C. do Tocantins, a partir das 15h da próxima quarta-feira.

Problema é que outros clubes, sempre ‘antenados’, de certo já entraram na parada.

VITINHO

Em setembro passado, o Cruzeiro contratou da Ponte Preta o meia Vitinho, atleta de 19 anos de idade, que mostrou qualidade neste domingo, e pronto para integrar o elenco principal do clube mineiro.

Quanto de dinheiro ficou com a Ponte naquele negócio? Teve empresário envolvido no meio?

São informações não fornecidas pela mídia campineira.

O atleta tem contrato com o Cruzeiro até o final desta temporada, e a multa em caso de rescisão gira em torno de R$ 200 milhões.
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ZAGALLO: MEMÓRIAS DO FUTEBOL

A morte do ex-jogador e treinador Mário Jorge Lobo Zagallo, na noite desta sexta-feira, é assunto obrigatório da coluna de áudio Memórias do Futebol, com as principais histórias dele na modalidade.

O link para acessar o quadro é https://blogdoari.futebolinterior.com.br/

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