Técnico do São Bento busca recuperação no Paulistão Série A2

Segundo Martins, fazia tempo que ele não sofria uma derrota tão expressiva em sua carreira, como o 5 a 0

São Bento
Foto: Divulgação/São Bento

Por: Rivail Oliveira

Sorocaba, SP , 11 (AFI) – Trabalhar o psicológico dos jogadores do São Bento e tentar extrair o melhor de cada um, dentro das suas características, além de buscar o poder de reação em cada atleta. Assim, montar um esquema tático para a próxima partida, quarta-feira, no Barão de Serra Negra, contra o XV de Piracicaba.

Essa foi a síntese das palavras do novo técnico do São Bento, Luiz Carlos Martins, em sua primeira entrevista no clube, após sua estreia na goleada histórica sofrida contra o Capivariano no último sábado, pela Série A2. O resultado manteve o clube de Sorocaba na zona de rebaixamento, com cinco pontos. Na coletiva, Martins enfatizou alguns pontos que, em sua opinião, são fundamentais para começar a pensar em tirar o clube da situação difícil em que se encontra.

O treinador deixou claro que ficou preocupado com a falta de reação do time. Segundo ele, quando o time toma um gol, não pode se abalar e deve continuar jogando. Martins também frisou que assume toda a responsabilidade do time a partir de agora, com o objetivo de tirar o São Bento da zona de rebaixamento, faltando sete rodadas para o fim do Paulista da Série A2. O time não balança as redes há mais de 400 minutos e marcou apenas um gol em oito jogos.

Segundo Martins, fazia tempo que ele não sofria uma derrota tão expressiva em sua carreira, como o 5 a 0. Lembrou que já ganhou de seis, perdeu de quatro, e venceu por nove, mas destacou que é preciso ter poder de reação neste momento. Enfatizou que, com algumas mudanças, o time se mostrou diferente, “agredindo mais”.

Com isso, mudanças podem ser esperadas para a partida contra o XV. O técnico disse ainda que vai montar o time de acordo com as características de cada jogador, assimilando aquilo que cada um tem, sejam os jogadores experientes ou os novatos, mas acima de tudo destacando que é preciso ter poder de reação. Veja os tópicos da entrevista:

ELENCO, O JOGO E O DESEQUILÍBRIO

“Na realidade, estamos conhecendo melhor o time. Eu cheguei praticamente ontem (sexta-feira) e conheço dois jogadores com os quais já trabalhei. Os demais estou conhecendo agora. Tomamos o primeiro gol, e o jogo estava bem equilibrado. O time deles (Capivariano) eu conheço, é um bom time que está há muito tempo junto, e eles fazem uma boa aproximação de bola. Mas, a partir do momento em que tomamos o gol, houve um desequilíbrio. Aí tomamos o segundo gol. Voltamos no segundo tempo e procuramos acertar alguns detalhes, principalmente no aspecto psicológico. Mas tomamos o terceiro. Na segunda-feira (ontem), vamos conversar para ajustar o que não funcionou e buscar melhorias para o próximo jogo.”

ACIDENTE DE PERCURSO

“Lógico que, em relação ao resultado, há muito tempo não acontecia algo assim (sofrer uma goleada), e você fica chateado, triste, principalmente quando chega a um clube de expressão como o São Bento. Mas aconteceu, e no futebol, às vezes, algum acidente de percurso faz parte. Eu já tive alguns, mas, graças a Deus, tenho uma porcentagem de mais de 90% de resultados positivos. Mas é uma derrota triste para todos nós.”

MUITA CALMA NESSA HORA

“Na verdade, eu teria que chegar aqui e observar o jogo. Mas fui para o banco, e nesses dias fui conhecer os jogadores, que receberam bem a comissão técnica e estavam tranquilos durante esses dois dias. Não vamos arrumar culpados pela derrota. Nessas horas, é preciso muita calma. Como treinador, já passei por muitas situações no futebol, onde tenho 90% de resultados positivos e apenas 10% negativos. Agora é hora de ter calma, continuar trabalhando e buscar o que queremos: a saída da zona de desconforto.”

PARÂMETRO

“Agora, teremos um parâmetro melhor a partir deste jogo. Essa foi minha conversa com os jogadores. Não tivemos muito tempo para treinar, para fazer um posicionamento, mas agora temos um parâmetro, levando em consideração as características de cada jogador, de cada treinador e sua forma de jogar.”

PODER DE REAÇÃO

“A meta é sair dessa zona de desconforto. Vamos trabalhar, trabalhar e não tem outra forma. Só temos mais uma ficha (para inscrever um jogador). Então, precisamos trabalhar com o grupo que temos, levantar o time, trabalhar o posicionamento psicológico, ter a cabeça no lugar e buscar o resultado positivo no próximo jogo (contra o XV em Piracicaba). Então, temos que trabalhar, dar moral para o grupo e, acima de tudo, ter poder de reação nesta hora.”

Confira também: