Técnico do Sub-17 sai com bronca da diretoria do Paulista

Jundiai, SP, 07 (AFI) – A demissão de Baroninho que era técnico da equipe Sub-17 do Paulista continua dando muito o que falar não só no Estádio Dr. Jayme Cintra, como em toda Jundiaí.

Tudo começou após uma reunião na sede do DAE (Departamento de Água e Esgoto), na segunda-feira à noite, entre o presidente do Paulista, Eduardo Palhares, os vice-presidentes, Luiz Roberto Raymundo, o Pitico e Vanoil da Rocha Pereira, além do superintendente Beto Rappa e do diretor de patrimônio, Eduardo Pereira, em que ficou decidido que o ex-jogador do Palmeiras e do Flamengo não faria mais partes do quadro de funcionários do Paulista.

A informação oficial é de que o ex-jogador foi dispensado em função da reformulação que o futuro parceiro do clube fará nas categorias de base. “Vamos fazer algumas alterações e o Barone não se encaixa nesse perfil”, disse oficialmente a diretoria do Galo, através de Pitico.

Porém, nos bastidores do Estádio Dr. Jayme Cintra, a informação é de que Baroninho foi dispensado em função da relação que o ex-técnico tinha com Nenê Cardoso, empresário de futebol. Nenê passou a ser ‘inimigo’ da diretoria jundiaiense após a saída do meia Felipe Sodinha.

Baroninho confirmou a informação de que só foi dispensado por ter contato com Nenê. “Essa desculpa que a diretoria deu, de que me dispensou por causa da parceria é mentira. O Pitico e até o Medina tinham me falado que eu faria um trabalho diferenciado com os jogadores de todas as categorias de base quando o parceiro chegasse. Eles só me dispensaram depois que explodiu essa briga toda do Nenê. E eu nem tenho mais contato com ele”, esbravejou Baroninho.

“Eu juro de pés juntos que não tenho nada com nenhum jogador do Paulista, nem com empresário. Para se ter uma idéia eu trouxe cinco meninos de Bauru e coloquei todos para jogar no Paulista. Não passei nada para o Nenê. Com o próprio Christian(ex-jogador do Paulista e atualmente no Atlético-PR, genro de Baroninho) eu não tenho nada. Chegou um contrato de uns empresários da Ucrânia para eu negociar o passe do Christian e eu levei para o Moisés Cândido(gerente de futebol do Paulista) analisar, porque eu não quero e não sei ser empresário. Por isso, não tenho dúvidas de que fui um bode expiatório nessa história toda”, completou Barone.

O ex-técnico do Galo, porém, poupou os vice-presidentes do Paulista, Pitico e Vanoil. “Esses me ajudaram desde o começo”, agradeceu. “Porém, a diretoria sabia que eu já recebi três propostas para sair e fiquei por aqui. Eu pedi aumento, eles me disseram para segurar só alguns meses, que dariam logo em seguida e eu segurei. Fiquei ganhando a mesma coisa que o pessoal durante dois anos sem reclamar. Eu falava de 15 em 15 minutos para todos os meus jogadores terem amor pelo camisa e pelo clube. Aí eles pegam e agem sem transparência comigo. Eu cheguei ontem para trabalhar normalmente e um membro da comissão técnica veio me dizer que ficou sabendo pela imprensa que eu estava dispensado. Ou seja, olha a sacanagem: nem vieram me avisar”, reclamou o ex-técnico da equipe sub-17 do Paulista.

Agora, Baroninho aguarda o seu advogado, que fica em Bauru, para tomar as providências cabíveis. “Eu vou continuar no futebol. Só sei disso. E, digo mais, vou vencer como treinador”, finalizou.