Técnico do 7 a 1, Felipão é confirmado como substituto de Roger Machado no Palmeiras
O treinador tinha propostas da seleção da Coreia do Sul, mas optou por assumir o Verdão
O treinador tinha propostas da seleção da Coreia do Sul, mas optou por assumir o Verdão
São Paulo, SP, 26 (AFI) – Em menos de 24 horas após a demissão do técnico Roger Machado, o Palmeiras já definiu o substituto para a sequência da temporada 2018. E o escolhido é um velho conhecido. Trata-se de Luiz Felipe Scolari, que vai para sua terceira passagem no comando do Alviverde. O treinador chega com ‘fome de bola’, após ficar marcado pela derrota para a Alemanha por 7 a 1, na Copa do Mundo, sob o comando da seleção brasileira.
Além de Felipão, os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli irão se juntar ao corpo técnico palmeirense. Os dois profissionais chegarão ao clube nesta sexta-feira, enquanto o treinador, que está em Portugal resolvendo os últimos detalhes para sua volta ao Brasil, irá se apresentar ao Verdão na próxima semana.
MAIS DE FELIPÃO!
O treinador, que tinha propostas das seleções do Egito e Coreia do Sul, começará a terceira passagem ainda com um detalhe para resolver: o tempo de contrato. Felipão pretende um vínculo até o fim de 2020, enquanto a diretoria palmeirense insiste que o acordo seja até 2019.
Felipão chegou pela primeira vez ao Palmeiras em 1997 e ficou no clube até 2000. Nesse período, ganhou a Copa do Brasil e a Copa Mercosul, em 1998, a Copa Libertadores em 1999, o Rio-São Paulo, em 200. Também foi vice do Brasileirão, e de uma outra edição da Copa Libertadores. Já na segunda passagem, entre 2010 e 2012, o treinador conquistou a Copa do Brasil.
O treinador retorna ao clube para suceder um antigo pupilo. Roger Machado, demitido na quarta-feira depois da derrota para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, foi atleta dele no Grêmio na década de 1990 e saiu pela dificuldade em fazer o time evoluir. Também pesa para a contratação a chegada de um nome experiente e com conhecimento dos bastidores.
Felipão é o segundo nome que mais vezes dirigiu o Palmeiras, com 409 jogos, atrás de Oswaldo Brandão, com 585. Ele é ainda o treinador que mais esteve à frente do Palmeiras em partidas de Libertadores (28) e Campeonato Brasileiro (166).
O treinador terá como missão organizar um elenco caro e badalado. O Palmeiras vive a pressão de ter passado a última temporada sem conquistas e passa pelo temor de repetir em 2018 o mesmo fracasso. O clube faz campanha irregular no Campeonato Brasileiro, foi vice do Campeonato Paulista e ainda continua na disputa de outras competições: Copa do Brasil e Libertadores, ambas vencidas pelo técnico em passagens anteriores.
NEGOCIAÇÃO!
A negociação entre clube e treinador foi rápida. Mesmo em Lisboa, onde está para resolver assuntos pessoais, Felipão demonstrou abertura para conversar com o clube e aceitou as condições estabelecidas para voltar. O retorno, inclusive, era um antigo objetivo do treinador.
A passagem anterior, finalizada em setembro de 2012, deixou Felipão aborrecido com a forma como terminou. O clube viria a ser rebaixado no fim do Brasileiro daquele ano e o técnico entendia ser preciso uma nova oportunidade para trabalhar com um elenco melhor e obter outros resultados.
O trabalho no Palmeiras será o segundo de Felipão no futebol brasileiro depois da Copa do Mundo de 2014, competição que deixou o treinador em baixa pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal. Logo depois do torneio ele teve uma passagem pelo Grêmio, concluída em 2015, com a oportunidade de trabalhar na China.
Em solo asiático o técnico conquistou sete títulos, o principal deles a Liga dos Campeões da Ásia, em 2015. A taça lhe deu a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes daquele ano.
O retorno ao Palmeiras é uma cartada da diretoria para garantir uma taça antes da eleição presidencial do clube, marcada para novembro deste ano. A gestão do presidente Mauricio Galiotte, empossada no fim de 2016, ainda não conquistou títulos, apesar da alta expectativa pelo sucesso e de contratações de peso. Por isso, a cúpula aposta na vinda de uma conquista para conseguir se fortalecer na disputa pela continuidade no cargo.