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ARIOVALDO IZAC

Tantas mexidas na Ponte Preta, por que isso Valentim ?

Em vez de tantas mexidas, por que Valentim não optou por escalação adequada na Ponte Preta? Faltam alguns ajustes.

Calma! Cabe, isso sim, críticas pela falta de observação mais criteriosa nas peças de escolha para o início da partida.

Paulistão - 2025
Éverton Brito comemora gol da Ponte Preta. Foto: Marcos Riboli

Por ARIOVALDO IZAC


Campinas, SP, 25 (AFI) – A leitura convencional de uma equipe que passa todo primeiro tempo de um jogo sem chutar uma bola sequer em direção à meta adversária, para posteriormente ameaçá-la em seis ocasiões, é que melhorou bastante.

Então, neste empate da Ponte Preta com a Inter por 1 a 1, em Limeira, na tarde deste sábado, alguns vão aplaudir o seu treinador Alberto Valentim por ter feito quatro mudanças em sua equipe durante o intervalo.

Calma!

Cabe, isso sim, críticas pela falta de observação mais criteriosa nas peças de escolha para o início da partida.

Pra que escalar o lateral-direito Maguinho, que exagera no recuo de bola e não se vê saídas qualificadas de trás dos pés dele?

Apesar das limitações do lateral Pacheco, por ora ele é mais bem aproveitado.

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Volantes da Ponte Preta precisam dar mais cobertura à defesa. Foto: Marcos Riboli – AAPP

ARTUR E BARCELOS

Esse negócio de revezamento Artur e Danilo Barcelos para que alternadamente ocupem quer a lateral-esquerda, quer a quarta-zaga, é uma baita invenção.

Barcelos não tem velocidade para jogar centralizado e, aos 11 minutos do segundo tempo, o atacante limeirense Alex Sandro saiu atrás e chegou à frente dele em disputa de bola.

E se a jogada resulta em gol?

Então, que seja feito uso exclusivo de Artur na lateral-esquerda e se reveja no elenco quem possa ocupar a quarta-zaga.

Essa história de por vezes dar liberdade para que tanto Artur como Barcelos possam se soltar, para que o volante Émerson faça o papel de zagueiro, é outra invenção e é preciso acabar com isso.

A rigor, Émerson querer limpar jogada em saída de bola foge à regra, pois não tem essa característica.

Em condições normais, Castro tem mais bola para ocupar uma das ‘volâncias’.

ÉLVIS

Já que a Ponte Preta não tem o homem da organização na ‘meiúca’, tem que se render a Élvis, cuja capacidade técnica não se discute, e agora está se movimentando um pouco mais.

Ele entrou no lugar de Pedro Vilhena, uma espécie de meia-atacante sem posição fixa, mas ficou longe de render o esperado.

Assim, a entrada de Élvis, no início do segundo tempo, serviu para outra consistência técnica à equipe, tanto que participou de algumas chances criadas pela equipe, o principal delas que resultou no gol de empate aos 15 minutos daquela fase, quando visualizou a chegada de Éverton Brito no segundo pau, e meteu a bola de trivela na cabeça dele, para complementação certeira.

Foi ele, também, quem deixou o centroavante Danrlei na cara do gol, aos 48 minutos do segundo tempo, mas a bola foi defendida pelo goleiro André Luiz.

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Ponte Preta melhorou no 2.º tempo e empatou em Limeira. Foto: Marcos Riboli

EVERTON BRITO

Claro que o atacante de beirada Jean Dias é superior a Éverton Brito, mas por que a Ponte Preta se beneficiou com a troca no intervalo?

Enquanto Jean Dias se fixou mais pelo lado direito, com pouca flutuação por dentro, Éverton Brito procurou se mexer por todo espaço do ataque, e com isso dificultando a marcação.

VOLANTAIADA EM DÉBITO

Essa ‘volantaiada’ escalada não tem dado o suporte na cabeça da área, assim como não ajuda na construção ofensiva.

O retrato claro foram as duas jogadas contundentes da Inter durante o primeiro tempo, quando o ágil meia Albano se desvencilhou de seus marcadores por duas vezes e finalizou.

Por sorte da Ponte, logo a um minuto e quarenta segundos de partida, o goleiro Diogo Silva praticou a defesa, mas na repetição de chute de fora da área, aos 34 minutos, a bola rasteira teve direção do canto direito.

DANRLEI

Tem-se que aguardar um pouco mais para se emitir conceito sobre o centroavante Danrlei, que entrou no segundo tempo.

Chances ele teve, mas ora chutou para fora, ora em cima do goleiro André Luiz.

Um centroavante mais familiarizado com o gol adversário poderia ter implicado em vitória de virada da Ponte Preta.

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Ponte Preta foi mal no 1º tempo, ams melhorou depois. Foto: Marcos Riboli

PRIMEIRO TEMPO

O primeiro tempo realizado pela Ponte Preta foi horroroso, assim como do adversário, o que fez lembrar aquele jogo recente em que o Guarani esteve em Limeira.

Horroroso porque durante aqueles 47 minutos a Ponte Preta não chutou uma bola sequer em direção à meta do goleiro adversário.

E por que isso?

Falta de qualificação na saída de bola. Basta o adversário adiantar as linhas, foi uma ‘chuva’ de chutões.

Até os 22 minutos do primeiro tempo foram 12.

Sem saída de bola com os laterais, e tanto volantes como meias incapazes de encostarem por ali para fluxo natural das jogadas, o time sumiu durante o primeiro tempo.

Logo, o real retrato desta remontada Ponte Preta está aí.

Então, resta saber como vai proceder Alberto Valentim para a devida correção de curso.