Campinas, SP, 08 (AFI) – O atacante Rodrigo Gral, 41 anos, está próximo de encerrar sua vitoriosa trajetória no futebol. Domingo, diante do Corumbaense, o artilheiro disputará a trigésima final da carreira profissional, desta vez pelo Campeonato Sul-Mato-Grossense, onde ajudou a colocar o Operário, depois de 21 anos ausente, na decisão.

O Galo, como é conhecido o Clube, necessita de uma vitória simples para ficar com o título. Ao longo de 25 temporadas, o catarinense Rodrigo Gral escreveu seu nome na história de diversas equipes do Brasil e exterior. Ídolo no Júbilo Iwata, ainda carrega a conquista pessoal de ser o maior artilheiro das categorias de base do Grêmio, ter histórias com o Sultão de Brunei, ser reconhecido no Qatar e escrever seu nome na ascensão da Chapecoense, onde comemorou o gol 500, foi decisivo na Série C que deu vaga para a Série B e muito importante também no acesso para a Série A, em 2013.

“Olho para trás e me emociono. São momentos que o filme da vida passa. E isso é o que ainda me motiva a jogar, fazer o que mais amo e estar pronto para essa grande final de domingo. Vou entrar em campo como se fosse a primeira vez. Me entregar como faço sempre. O Operário está tatuado no meu braço, esse grupo merece, essa torcida fantástica merece e vamos lutar até o fim pela vitória, porque quero muito ter esse título em meu currículo. Sou muito intenso naquilo que faço e estou sonhando todas as noites com a conquista. Tenho só que agradecer a Deus por tudo que atingi no futebol, minha vida é toda dedicada a este esporte. Posso dizer que construí minha carreira baseado na verdade, enfrentei várias dificuldades, passei por muitas situações, inclusive tentaram manchar minha caminhada aqui no Mato Grosso do Sul, mas ficou provado quem eu sou e sempre fui. Agora é contar no relógio os minutos até domingo, 15h (horário local), para essa grande decisão. O time deles é favorito, tem folha salarial maior, é o atual campeão, entramos como desacreditados nesta final, com dois meses de atraso no pagamento, mas tudo isso temos que transformar em combustível”, garante.

Em 29 decisões, Rodrigo Gral saiu campeão em 20 oportunidades. São oito títulos pelo Grêmio, quatro taças pelo Júbilo Iwata e um campeonato por Juventude, Flamengo, Al Sadd, DPMM, Juventus, Chapecoense, Santa Cruz e Gama. Sem contabilizar os acessos de divisões na Chapecoense, Bahia e Santa Cruz. Seus números impressionam também nos gols marcados: 619 até hoje, contados desde os tempos das categorias de base, em anotações pessoais.

“Sou muito feliz com tudo que conquistei, mas não posso deixar de salientar sempre a força dos grupos por onde passei, as amizades que fiz, as torcidas fantásticas dos clubes que joguei, todas apaixonadas, que me respeitam, enfim, não consigo ainda mensurar sem ser o lado da emoção. A hora de parar está chegando, mas quero mais um título, sou fominha, quero ganhar sempre, poder ajudar em campo meu grupo, o Operário está carente de gritar é campeão, eu também estou, já são três anos do último. Que Deus nos abençoe”, finalizou.