STJD pune Atlético-GO por racismo de torcedor

Atlético-GO terá que cumprir exibição de vídeos com mensagens de conscientização contra a discriminação e intolerância de qualquer natureza.

Além de multa de R$ 25 mil ao Atlético-GO, a perda de mando de jogo foi substituída por ações educativas.

STJD sede
Sede do STJD. Foto: Reprodução STJD

Brasília, DF, 19 (AFI) – Em decisão inédita no Brasileirão, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), deferiu sentença favorável a punição do Atlético-GO por injúria racial praticada por um torcedor contra o atleta Felipe Bastos.

EDUCATIVA

O Atlético-GO, segundo a punição, terá que desembolsar multa de R$ 25 mil. A perda de mando de jogo foi substituída por ações educativas que deverão ser gravadas com os principais jogadores do time e veiculadas nos jogos do clube até o final do Campeonato Brasileiro.

A exibição deve ter mensagens de conscientização contra a discriminação e intolerância de qualquer natureza. Com isso, os torcedores deverão se conscientizar de que não devem mais agir com discriminação para não prejudicar a equipe.

BASE

A sentença foi baseada uma punição determinada pelo doutor Maurício Neves Fonseca, vice-presidente administrativo, ao Cruzeiro e ao Grêmio de acordo com Transação Disciplinar homologada em junho deste ano.

Na ocasião, o vice-presidente administrativo determinou, entre outras obrigações, exibição de campanha protagonizada por um jogador da equipe no telão do estádio antes do início das partidas e nos intervalos.

A exibição continha mensagens de conscientização contra a discriminação e intolerância de qualquer natureza, a fim de que os seus torcedores não prejudiquem a equipe.

MOVIMENTO

A decisão do STJD revela um movimento importante para a sociedade e que poderá contribuir para uma mudança de comportamento de torcedores nas arenas esportivas.

“Estamos tomando uma decisão no tribunal objetivando a inclusão de punição de caráter pedagógico que, com certeza, trará ótimo resultados para coibir atos discriminatórios por parte dos torcedores nos campos de futebol”, afirmou o doutor Maurício Neves Fonseca.

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