Sport x Chapecoense – Ameaçados fazem jogo ‘panela de pressão’ na Ilha do Retiro
O rubro-negro está com salário atrasado e não vence há quatro jogos. A Chepecoense está perto da zona de degola.
O rubro-negro está com salário atrasado e não vence há quatro jogos. A Chepecoense está perto da zona de degola.
Recife, PE, 4 (AFI) – Em situações ruins no Campeonato Brasileiro, Sport e Chapecoense se enfrentam, neste domingo, às 16 horas, na Ilha do Retiro pela 17.ª rodada. O rubro-negro Pernambuco tenta superar a crise financeira e uma série negativa de quatro derrotas. Já a Chapecoense tenta se reabilitar e vencer pela primeira vez fora de casa.
LEI DO SILENCIO E ATRASO
O clima está tenso na Ilha do Retiro. Em meio à crise financeira, o Sport tenta contornar o atraso salarial. O time vem de quatro derrotas consecutivas, que fizeram com que a diretoria optasse
pela ‘lei do silêncio’, além de fechar os treinos visando o confronto deste domingo, diante da Chapecoense.
A diretoria quitou nesta semana o direito de imagem dos atletas do mês de julho. Agora, resta apenas arcar com um mês de salários atrasados para enfim acabar com a dívida junto ao elenco.
O Sport tem 19 pontos no Brasileirão e tenta definir se lutará por uma vaga na Copa Libertadores ou contra o rebaixamento nesta temporada.
Apenas o técnico Claudinei Oliveira foi autorizado a falar com a imprensa na última sexta-feira.
O principal desfalque é o meia-atacante Everton Felipe, que pediu para não treinar até que haja uma definição sobre o seu futuro. Ele interessa a clubes como São Paulo e Cruzeiro.
TIME QUE TREINOU
Oliveira resolveu manter o meio de campo dos últimos treinos. As dúvidas ficaram na parte defensiva. Ernando deve ganhar uma chance entre os titulares ao lado de Ronaldo Alves, enquanto Cláudio Winck pode aparecer na lateral-direita no lugar de Raul Prata. No ataque, Carlos Henrique treinou entre os titulares, e Rafael Marques ficou como opção na reserva.
“Temos que ter paciência com o Everton, pois o clube precisa de receita e não pode se dá ao luxo do jogador completar seu sétimo jogo. Então, temos que segurá-lo. A decisão de fechar os treinos também foi da diretoria. Por mim, não via necessidade.
Nós temos uma partida difícil contra a Chapecoense e precisamos vencer para acabar com essa sequência negativa de resultados. Estamos confiantes em fazer um grande jogo”, afirmou o técnico, resumindo o pensamento do grupo.
KLEINA AMEAÇADO
A derrota para o Corinthians por 1 a 0, pela Copa do Brasil, quarta-feira no Itaquerão, aumentou ainda mais a pressão em cima do técnico Gilson Kleina. Ele ainda não fez o time vencer desde o retorno dos jogos após a Copa do Mundo. São quatro tropeços consecutivos apenas no Campeonato Brasileiro. Cinco se somado empate sem gols diante do América-MG, o último jogo antes da parada.
Uma nova derrota, desta vez, contra o Sport no domingo em Recife pode ser o estopim para uma mudança em cima da comissão técnica. Sem contar que Gilson Kleina tem que conviver com a sombra de Vagner Mancini, demitido do Vitória recentemente e livre no mercado. No entanto, Kleina demonstra total confiança em dar uma reviravolta no comando da Chapecoense.
“Temos que buscar uma postura diferente dos últimos jogos. Vamos encarar um adversário direto e precisamos atuar fora de casa igual quando jogamos em Chapecó. Pontuar é importante em uma competição de longo prazo e é isso que buscamos.
Depois, vamos ter dois jogos como mandante contra o Corinthians. Temos que aproveitar essa sequência para dar um novo ânimo ao time”, planeja o treinador.
NÚMEROS RUINS
É bem verdade que a Chapecoense não vem bem na temporada quando atua longe da Arena Condá. Em 21 jogos disputados na atual temporada, o time venceu apenas três, empatou nove e empatou em outras oito oportunidades, tendo um aproveitamento de apenas 28,57%.
Para mudar essa situação, Kleina deve apostar no entrosamento para superar o Sport. O intuito é que jogue com o mesmo time que enfrentou o Corinthians em São Paulo. Rafael Thyere deve seguir na defesa, a lado de Douglas, enquanto o ataque continua sendo formado por Bruno Silva, Osman e Wellington Paulista.