Série D: Presidente do Interporto-TO descarta renúncia e desabafa: "Quero ver malandros na cadeia"
"Veio essa parceria infeliz que nos colocou nessa situação difícil por causa de pessoas que estavam no clube e contribuíram para enterrar o Interporto"
Texto por Reinaldo Cisterna
Porto Nacional, TO, 11 (AFI) – Diante do vexame que o Interporto atravessa dentro e fora de campo, o presidente Renato Godinho, cujo mandato se encerrará apenas no final de 2025, expressou sua profunda indignação com a situação atual e prometeu que os responsáveis serão levados à Justiça após a investigação dos órgãos competentes. Além disso, ele afirmou: “Não vou renunciar ao cargo de presidente”.
Godinho reconheceu que, ao assumir a presidência do Interporto, sabia que o clube enfrentava diversas dívidas na Justiça do Trabalho e em outros aspectos. No entanto, ele afirmou que acordos foram feitos com advogados e aos poucos algumas dívidas foram sendo reduzidas.
“Chegamos até a ficar impossibilitados de registrar jogadores devido às dívidas, mas conseguimos regularizar a situação. Então, veio essa parceria infeliz que nos colocou nessa situação difícil por causa de pessoas que estavam no clube e contribuíram para enterrar o Interporto”, explicou o presidente.
“Quanto à decisão de entregar a equipe a um empresário chamado Rodrigo, isso foi feito pelo antigo Gerente de Futebol, Léo Almeida, com minha permissão. No entanto, eu não tinha conhecimento de outros interesses por trás dessa parceria”, acrescentou.
O presidente afirmou que o contrato com a parceria vai até o final da Série D (faltam dois jogos) e, em seguida, haverá uma reformulação completa com vistas à disputa da Segunda Divisão e ao objetivo de se tornar campeão do Tocantinense no próximo ano.
“Só estou esperando nossa participação na Série D terminar para encerrar essa encrenca que estamos enfrentando. Quero ver esses malandros na cadeia“, concluiu o presidente.
GERENTE TAMBÉM SE PRONUNCIA
O Gerente de Futebol, Léo Almeida, mencionado na matéria pelo presidente Renato Godinho, confirmou que foi ele quem buscou e apresentou a parceria ao clube. No entanto, ele ressaltou que foi feita uma triagem sobre a pessoa responsável e nada de suspeito foi encontrado.
Léo Almeida afirmou que a assinatura do contrato contou com a anuência dele e do presidente, e faz questão de isentar o atual presidente de qualquer responsabilidade pelo que está acontecendo agora.
“Fizemos essa parceria porque o clube enfrentava problemas financeiros e somente com um parceiro seria possível participar da Série D. Acreditamos na proposta que nos foi apresentada em termos de ajuda financeira, e eles cumpriram sua parte. Infelizmente, agora chegamos à conclusão de que não deu certo”, enfatizou Léo Almeida, ressaltando que teve que buscar parceiros externos devido à omissão do Poder Público Municipal.