Série D: Presidente do conselho do Santa Cruz fala sobre crise política no clube
Tricolor vê negociação para virar SAF travada
Recife, PE, 31 (AFI) – O clima no Santa Cruz segue hostil com uma crise política já instaurada. O presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, deu uma entrevista onde ele fala sobre o cenário político do clube e o processo para a transição do clube para uma SAF.
Sobre a SAF, Abreu disse que o problema que teve para a transformação do Santa Cruz numa Sociedade Anônima foi que a proposta foi feita pelo ex-presidente Joaquim Bezerra. “O problema do caos político não é a oposição política, que eu acho saudável. O que acontece no clube é que esquecem de pensar o Santa Cruz a longo prazo. Muitas das ações são feitas para acabar com o outro lado. Por exemplo, as ameaças que sofro e outros conselheiros sofrem. Que são pura vontade de calar e inibir o outro lado. É muito raso como as discussões vão”.
“A própria questão da SAF, se recusa pelo simples fato de ter sido proposta por Joaquim (Bezerra). Nem pararam para se debruçar no modelo SAF se era viável ou não. Pelo simples fato de ter sido Joaquim que propôs, há a resistência de um lado que abomina a SAF por conta disso. Isso atrapalha, o debate político não”, complementou Marino Abreu.
Na entrevista concedida a um canal de Pernambuco, o presidente ainda revelou que recebeu ameaças de pessoas do ligadas ao executivo.
OUTRO LADO
O atual presidente do clube, Antônio Luiz Neto, também foi perguntado sobre o processo de virar SAF. Para ele, o assunto não está parado por entraves políticos. É somente uma questão de cautela do clube.
“A questão da SAF é uma questão legal, que o Santa Cruz através de sua Assembleia Geral Extraordinária já comprovou a possibilidade de fazer a SAF. As negociações são possíveis, todos aqueles que nos procuraram foram ouvidos e receberam informações. De maneira que está em aberto. Estamos no aguardo de propostas, estudos. Porque é uma coisa muito séria e a gente leva muito a sério o Santa Cruz para tratar do assunto. Tem que ser tratado com especialistas”.
“Temos consultorias contratadas, que foram contratadas ainda na gestão do meu antecessor. Que estão habilitadas e tratando o assunto com muita seriedade. Até porque a gente sabe que, no Brasil, foram poucas SAFs instaladas e é preciso tomar muito cuidado porque é um investimento que o investidor quer ganhar. E a gente tem que cuidar do Santa Cruz para fazer o melhor negócio. Pensamos na SAF, mas desde que seja um bom negócio para o clube”, finalizou Antônio Luiz Neto.