Araraquara, SP, 11 (AFI) – O sonho da Ferroviária em conquistar o título da Série D do Brasileiro segue mantido depois da classificação à final com a vitória sobre o Athletic-MG, por 2 a 1, em Belo Horizonte (MG).

Defendendo nove jogos de invencibilidade – seis vitórias e três empates -, a Ferroviária chega na final da Série D depois de 29 anos e vai enfrentar o Ferroviário-CE. O primeiro jogo será na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).

A Ferroviária teve um início ruim sob o comando de Elano, sem nenhuma vitória nas primeiras seis rodadas. Foi então que apareceu a experiência do executivo de futebol Júnior Chávare. Ex-Grêmio, São Paulo, Atlético-MG e Bahia, o profissional efetivou Alexandre Lopes e a reação começou na goleada sobre o Cascavel-PR, por 5 a 1, fora de casa.

“O início foi muito duro, muito difícil. Costumo dizer que começamos o mata-mata na última rodada do primeiro turno da fase de grupos, pois uma derrota diante do Cascavel praticamente sacramentaria nossa eliminação. Foi então que iniciamos a reação e conseguimos a classificação na última rodada, contra o Operário-PR, fora de casa, em condições muito adversas”, contou o dirigente.

Prestes a completar seis meses de Ferroviária, Júnior Chávare chegou para ser o homem forte no futebol e sabia que a margem de erro na montagem do elenco deveria ser zero.

“Um elenco montado priorizando muito a competição. Todos os atletas que chegaram foram nossas primeiras opções, um perfil de vencedores, de homens profissionais e acostumados com as adversidades da competição”, elogiou Chávare.

REAÇÃO

Depois da reação na primeira fase, a Ferroviária precisou dos pênaltis para eliminar o Hercílio Luz-SC, fora de casa, na segunda fase, passou com duas vitórias pelo Anápolis-GO nas oitavas de final, e eliminou o Sousa-PB, com uma vitória e um empate, nas quartas de final antes de encarar o Athletic-MG.

“Na primeira fase estivemos em um grupo extremamente competitivo e permitiu que a gente criasse essa casca para o mata-mata, superamos adversidades que alguns dos clubes que enfrentamos não passaram. No mata-mata nós fomos cirúrgicos, tanto que a classificação sobre o Hercílio Luz veio de forma épica, depois diante do Anápolis com duas vitórias consistentes e contra o Sousa superando tudo o que foge da realidade do futebol”, relembrou Chávare, que completou:

“Contra o Athletic foram dois jogos de alto nível, onde mostramos a força do elenco. Agora na final vamos enfrentar uma equipe que está invicta e até por isso chega como favorita, decidindo em casa. Mas o torcedor afeano não tem dúvida da capacidade e competência que esse grupo tem para reagir em situações adversas”.

As datas das finais serão definidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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