Série D: Em grave crise financeira, Mogi Mirim não paga taxa de arbitragem
Em súmula, árbitro Devarly Lira do Rosário trouxe outros detalhes curiosos da vitória do Sapão da Mogiana sobre o Prudentópolis
Em súmula, áribitro Devarly Lira do Rosário trouxe outros detalhes curiosos do empate entre Sapão da Mogiana e Prudentópolis
Mogi Mirim, SP, 29 (AFI) – Ao longo da temporada, o Mogi Mirim deu diversas provas de que a situação financeira do clube não é das melhores: rebaixamento no Paulista A3, estádio Vail Chaves interditado, greve de jogadores… A última situação aconteceu no domingo, quando o Sapão deu adeus à Série D do Campeonato Brasileiro. Segundo Devarly Lira do Rosário, que apitou a vitória paulista sobre o Prudentópolis, pela sexta rodada do Grupo A17, a diretoria do clube interiorano não pagou a taxa de arbitragem.
O capixaba ainda relatou, em súmula, que o estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira, não contava com a placa de alterações, nem maca para transporte de jogadores machucados. Além disso, o juiz estranhou o fato de um drone ter sobrevoado o local por cinco minutos.
GLÓRIAS FICAM NO PASSADO
Um dos mais tradicionais clubes do interior de São Paulo, o Mogi Mirim já viveu tempos de glórias, disputando grandes jogos contra as principais equipes de São Paulo, especialmente em 1992, com a equipe que ficou conhecida como Carrossel Caipira e contava com nomes como Rivaldo e Válber.
Além do Campeonato Paulista, o Carrossel Caipira disputou o Torneio João Havelange de 1993, que reunia equipes do Rio de Janeiro e São Paulo, e encantou o Brasil com grandes jogos, batendo o Corinthians na semifinal e perdendo a decisão para o Vasco, nos pênaltis, após uma vitória e uma derrota por 4 a 0.
O Mogi Mirim nunca mais teve o mesmo brilho, mas seguiu como uma das principais forças do interior de São Paulo, com presença constante nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro e na elite do Paulista.
No entanto, nos últimos anos, vem sofrendo com a má administração e a falta de investimento. Literalmente caindo pelas tabelas, o Sapão da Mogiana começou o ano de 2015 na Série B do Brasileiro e na elite do Paulista e, em menos de três anos, foi rebaixado cinco vezes: chegou à Série D do Brasileiro e à Segunda Divisão do Campeonato Paulista, que equivale à quarta e última divisão do estado.
Para piorar, com a eliminação na Quarta Divisão, a equipe não terá calendário nacional na próxima temporada, se limitando apenas à disputa da Segundona Estadual.