Série D: Às pressas da estreia, clubes de Mato Grosso montam equipes em meio à crise

União e Sinop mesclam seus times e o Operário faz uma ciranda para contratar técnico

União e Sinop mesclam seus times e o Operário faz uma ciranda para contratar técnico

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Cuiabá, MT, 20 (AFI) – A poucos dias da abertura do Brasileiro da Série D, a situação dos três clubes mato-grossenses que estarão na disputa, Sinop, Operário e União, não está nada fácil. Além das dificuldades financeiras e falta de condições de formar times competitivos, a desistência de um dos clubes, a saída de um técnico que já vinha trabalhando e o mal-estar provocado por práticas que não contribuem para o futebol complicaram ainda mais.

O SUBSTITUTO
No Sinop, o técnico Marco Birigui deixou o comando técnico e o time faz contatos e busca ainda patrocinadores para montar uma equipe à altura da disputa. O ‘Celeste’, que herdou a vaga deixada pelo Luverdense, que desistiu da competição, tem o River-PI como adversário na estreia e nada está definido ainda. Birigui, que dirigiu o time no Campeonato Mato-grossense, por força de suas funções na prefeitura da cidade, atuará apenas como consultor e colabora na busca de jogadores.

Birigui, técnico bicampeão estadual, que deixou o Sinop, nesta quinta

Birigui, técnico bicampeão estadual, que deixou o Sinop, nesta quinta

O TIME DA BASE
O União, o Colorado de Rondonópolis, que tem pela frente o Águia Negra (MS) na sua estreia, trabalha com a formação de um plantel misto, mesclando jogadores que atuaram no campeonato estadual, mais experientes e que moram na cidade, o caso de Maranhão, Edu Amparo, Neneca, Dinei ou Tallysson, com a garotada do sub-20 que disputou a Copa São Paulo de Juniores.

O presidente do clube, Edicarlos Olegini chegou a fazer contato com o ex-técnico Júlio César e com jogadores liberados em março, após a paralisação por causa da pandemia do coronavírus, explicou, porém, que a dispersão de patrocinadores inviabilizou esse projeto. “Vamos com um time mesclado, mas muito competitivo”, disse. O técnico também da base do clube, Edilson Figueiredo.

OS MODOS TRICOLORES
A situação mais curiosa veio do Operário-VG: com um acerto feito com o técnico gaúcho Luiz Gabardo, que estava no Campeonato Mato-grossense, o clube de repente desistiu da ideia e, sem avisar ao técnico, foi atrás do Júnior Rocha, que não fechou acordo.

O time então buscou, ainda mantendo Gabardo na espera, Álvaro Gaia, que chegou a acertar a chegada em Mato Grosso, e avisou o presidente Éder Taques que se curava de um resfriado.

Ocorre que o Operário, enquanto Gaia esperava pelo telefonema final, já corria atrás de mais dois técnicos, encontrando Hugo Alcântara, oriundo do Dom Bosco, time local, que foi apresentado na quarta-feira. Para justificar à torcida e à imprensa a preferência por Hugo, o Operário divulgou nota oficial afirmando que não havia acertado com o técnico paulista porque este estava com a covid-19. Na mesma tarde da dispensa, o técnico Alvaro Gaia desmentiu a diretoria tricolor.

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