Série C: Foco de técnico do São Bento é decisão com alagoanos
Treinador afirma que já recebeu sondagens, mas só discute seu futuro após o campeonato
Treinador afirma que já recebeu sondagens, mas só discute seu futuro após o campeonato
Sorocaba, SP, 05 (AFI) – O São Bento já está em Maceió onde joga sábado, 19h contra o CSA a segunda e decisiva partida, válida pelas semifinais do Campeonato Brasileiro da Série C. O Bentão perdeu por 1 a 0 em Sorocaba o primeiro jogo e precisa ganhar pelo mesmo placar no Estádio Rei Pelé para pelo menos levar aos penais. Antes da partida nesta semana, o treinador Paulo Roberto Santos, falou ao Futebol Interior sobre mais esse desafio.
Disse que o foco é 110 por cento nesta decisão, e que acredita muito na vitória e na classificação, mesmo jogando fora de casa. O treinador disse que o São Bento não vai mudar suas características, que o levaram até essa fase E acredita que o CSA, mesmo empurrado por seu torcedor, também não mudará, jogando como fez com o Tombense o segundo jogo das quartas, atuando atrás das linhas para surpreender o adversário usando a vantagem feita no primeiro jogo.
Paulo Roberto evitou falar em futuro, e disse que só discutirá o assunto com a diretoria que será eleita dia 10 de outubro, depois do fim da participação do clube no Brasileiro, onde espera que seja após a segunda partida da final, contra Fortaleza ou Sampaio Corrêa.
Ressaltou, no entanto, depois de quatro anos, que o fato do São Bento jogar a Série B de 2018 não será fundamental na sua permanência ou não no clube, destacando que ele recebeu nos últimos dois anos três sondagens de clubes da Série B. Comenta-se que seriam dois da região Norte e Centro Oeste e um de um time do Nordeste. No entanto, a definição de seu futuro só ocorrerá depois do fim do Brasileiro, quando vai conversar com dirigentes do Azulão e estudar possibilidades para 2018.
Futebol Interior (FI) – Como que foi essa semana de decisão? Mudou algo para vocês antes do jogo com o CSA neste sábado?
Paulo Roberto– Foram dias de muito trabalho. Começamos na terça, treinamos tecnicamente, fizemos trabalhos com bola até a quinta pela manhã e depois embarcamos para Maceió, mas nãomudamos nada em relação à semana anterior, embora sabendo que se trata de outra decisão para nós. Vamos fazer um treino leve na sexta e depois irmos para o jogo no sábado. Mas estamos muito concentrados neste jogo e acreditamos muito que poderemos vencer e conquistar essa vaga.
FI -O que dá pra mudar no time de uma semana para outra, tendo em vista que vocês precisam ganhar fora? E treino? É conversa? É ambos?
PR– Levamos um gol deles num descuido nosso em Sorocaba, numa jogada individual do Edinho, mas antes deles marcarem tivemos chances de abrir o placar, com Mateus e Caio Cezar, e foi um primeiro jogo muito igual, apesar da distribuição tática diferente. Acredito que lá temos de ter a mesma postura apresentada em Sorocaba, tomando a iniciativa do jogo, marcando adiantado, sendo que eles devem jogar de uma forma compacta,marcando do meio para trás, e apostando nos contra-ataques. Nós não podemos mudar nossa forma de jogar. Talvez tenhamos uma ou duas alterações, mas sem alterar a forma de atuar.
FI – Depois do jogo passado, você elogiou a postura dos jogadores que entraram: Branquinho, Cassinho e Leandro Love, e a qualidade que o time teve do meio para frente. Essa é uma opção, ou você pode dar mais qualidade ao time sem mudar peças? Você acredita que o CSA vai jogar esperando no São Bento, mesmo empurrado em casa por 18 mil pessoas no Rei Pelé?
PR– É difícil afirmar a forma que eles vão atuar. Mas jogaram desta forma, esperando o adversário, contra o Tombense lá, depois de terem vencido fora. Mas é uma forma inteligente de jogar para um time com jogadores rápidos. É uma estratégia de jogo e cada um usa a que julga mais correta. Mas independente disso buscamos trabalhar durante a semana para buscar uma forma de atuar a buscar um bom resultado lá.
FI – Nesta semana teve a definição das eleições em relação à quem vai disputar a presidência (chapa única). Como você, vê seu futuro, depois de quatro anos no clube, e esse momento?
PR– Prefiro não falar disso agora. Na verdade tenho contrato até o fim do Campeonato Brasileiro e após isso meu vínculo será encerrado. Só vou falar disso depois do encerramento do torneio para nós, o que espero que seja, depois de uma segunda final contra Fortaleza ou Sampaio. Meu foco é essa decisão contra o CSA e pretendemos ir à final. Depois disso quero conversar com o clube e ainda ouvir algumas propostas.
FI – O Paulo Roberto está num grande momento de sua carreira hoje, com 100 jogos, há quatro anos num clube, fato raro num futebol de resultados e onde treinadores não duram muito. Depois de tudo isso, não chega uma hora que profissional diz pra si mesmo que precisa de outros desafios? Você por natureza é movido a desafios. Ou jogar um outro Paulistão e uma Série B te estimula a ficar mais um ano em Sorocaba?
PR–Olha, dificilmente um treinador ficará quatro anos num clube se ele não tiver bons resultados, conquistas. Isso é quase impossível. Em quatro anos tivemos no São Bento, três acessos, Serie A-1 Paulista, Brasileiro da Série C e Brasileiro da Série B. Sem contar boas participações no Paulistão, jogarmos uma Copa do Brasil com um forte Paraná e quase nos classificarmos, ficando no empate. Tudo isso, com o apoio da diretoria do clube nos sustentou até agora aqui.
Agora, é óbvio que o fato do São Bento estar na série B é determinante para a minha permanência não. Caso eu não fique no São Bento, eu tenho plenas condições de dirigir uma outra equipe na Série B. Como já tive oportunidade . No período em que estamos no São Bento, tive convites de pelo menos três equipes de Série B Duas equipes no ano passado e uma neste ano. E isso não vai ser determinante para nossa permanência ou não. Mas vamos aguardar as coisas acontecerem. É muito cedo para se falar nisso. E volto a reforçar. Meu foco agora é a decisão contra o CSA, onde vamos buscar com todas nossas forças essa vaga para a final da Série C.