Série B: Goleiro diz que foi enganado por dirigentes e deixa o Guarani sem estrear
Goleiro chegou a ser anunciado, mas não jogará pelo Bugre em 2022.
Campinas, SP, 07 (AFI) – A péssima campanha do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro é um reflexo do amadorismo de sua diretoria. Anunciado como reforço na semana passada, o goleiro Diego Loureiro usou suas redes sociais para falar que foi enganado pelos dirigentes bugrinos e não reforçará mais o time em 2022.
Diego diz que foi procurado pelo Guarani e não pensou duas vezes em vestir a camisa do time na temporada. O que o jogador não esperava, é que logo na sua chegada os dirigentes mudaram todos os termos já ajustados previamente, numa situação completamente desagradável e que nunca foi comunicada.
O goleiro alega que o clube alterou a vigência do seu contrato, a remuneração e também as formas de pagamento de todos seus vencimentos. Ainda assim, Dieigo Loureiro tentou resolver tudo da melhor maneira possível, mas sem sucesso, com as partes não chegando num novo acordo e o contrato deixando de ser assinado.
“Ouvi muitas coisas boas, entretanto algumas dessas já me decepcionaram antes mesmo de entrar em campo: os termos acordados antes de minha viagem a Campinas mudaram totalmente quando cheguei na sede do clube. Tempo de contrato, formato de pagamento e até mesmo a forma como as remunerações seriam feitas foram modificadas”, declarou o jogador em seu perfil no Instagram.
Com 24 anos, Diego Loureiro foi anunciado com muita expectativa, já que no ano passado conquistou o acesso com o Botafogo na Série B. Ele chegaria para brigar pela titularidade do clube, já que Maurício Kozlinski não tem agradado e entrou em rota de colisão com a torcida.
Diante de mais um papelão de seus dirigentes, o Guarani volta a campo na quarta-feira para enfrentar o Criciúma, às 21h30, no Heriberto Hulse, em Criciúma. O time é apenas o 18º colocado, com 19 pontos.
VEJA A NOTA OFICIAL DO GUARANI:
O Guarani informa que o goleiro Diego Loureiro não fará parte do elenco bugrino na sequência da temporada e esclarece a situação envolvendo o atleta.
A negociação entre Guarani e Botafogo foi conduzida através dos responsáveis pelo departamento de futebol dos dois clubes: Rodrigo Pastana e André Mazzuco, como acontece em tais situações. Porém o clube se deparou com três ‘surpresas’ negativas após o acerto.
1) Houve a indicação de dois agentes de diferentes empresas para tratar da questão salarial e um deles (Miguel Pinho, proprietário de uma Agência de Representação de Atletas Portugueses) alegou, APÓS o acerto, que o atleta não deveria se apresentar em Campinas, pois o mesmo o conduziria ao futebol português, através de uma proposta que nunca chegou. Este mesmo representante proibiu o atleta de participar do treinamento no último sábado e foi quem avisou, neste domingo, que não haveria mais acerto e que o atleta já havia retornado ao Rio de Janeiro.
2) O atleta demonstrou insatisfação em receber os mesmos valores que recebia no último clube. Magoado com a posição da ex-equipe em emprestá-lo e, após a contratação de um novo goleiro por parte do clube de origem, o atleta exigiu um acréscimo nos valores acordados para assinar o contrato de empréstimo.
3) O atleta exigiu uma cláusula contratual de liberação após o Campeonato Paulista em caso de rebaixamento do Guarani.
O Guarani Futebol Clube é uma instituição tradicional, respeitada no futebol brasileiro e que tem zelado por cumprir todos os seus acordos. Não ficaremos reféns de profissionais que não querem ou, no caminho, percebem que não são capazes de vencer tal luta.
Também lastimamos que tais fatos sejam corriqueiros e consequência da falta de conduta profissional por parte de alguns atletas e agentes.
Por fim, agradecemos o empenho do Botafogo e sua Direção, que não tiveram qualquer responsabilidade nesse episódio, e estiveram à disposição para resolver a situação.
CONFIRA A PUBLICAÇÃO DO GOLEIRO:
