Série B: Fotógrafo denuncia ataque racista de torcedor do Coritiba
Segundo o profissional de imprensa, um torcedor proferiu ofensas racistas, chamando-o de "preto filho da p..."
O fotógrafo Franklin de Freitas relatou, neste domingo (28), ter sido vítima de um episódio de racismo durante a partida entre Coritiba e Brusque
Curitiba, PR, 29 (AFI) – O fotógrafo Franklin de Freitas relatou, neste domingo (28), ter sido vítima de um episódio de racismo durante a partida entre Coritiba e Brusque, no estádio Couto Pereira, pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Segundo o profissional de imprensa, um torcedor proferiu ofensas racistas, chamando-o de “preto filho da p…”.
Diante do ocorrido, Franklin prontamente registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe). Ele descreveu o momento em que foi alvo da ofensa, ocorrido enquanto fazia registros no setor Pro Tork do estádio.
“Eu estava passando pelo setor Pro Tork e, como de costume, faço alguns registros de amigos que ficam ali durante os jogos. Em um momento, ouvi um cara me chamando de ‘filho da p…’ e virei para olhar. Nesse momento, essa mesma pessoa diz: ‘É com você mesmo, preto filho da p…'”, relatou Franklin em entrevista ao ge.
RACISMO
Franklin, que exerce o cargo de editor de Fotografia no jornal Bem Paraná e é presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc-PR), acrescentou que o agressor deixou o local rapidamente após a ofensa, demonstrando consciência do crime cometido.
“Ficou claro que ele percebeu o crime cometido, tanto que saiu pulando as cadeiras assim que eu chamei o segurança mais próximo para denunciar. Imediatamente o supervisor de segurança do estádio foi avisado, mas não foi possível encontrar o agressor”, afirmou o fotógrafo.
IDENTIFICADO
Até o momento, o Coritiba não se pronunciou sobre o incidente, mas Franklin informou que o departamento jurídico do clube está acompanhando o caso desde a denúncia feita no domingo, com o objetivo de colaborar com a Polícia Civil na identificação do agressor.
“Tenho uma imagem da pessoa responsável pela ofensa e já encaminhei para a Polícia Civil, que está em contato com o Coritiba para confirmar a identidade e dar o andamento necessário com o processo. É triste saber que em 2024 ainda estamos vivenciando esse tipo de caso, mas o importante é saber que existem as leis e que elas devem ser cumpridas”, concluiu Franklin.