Série B: Desabafo e expulsão evidenciam clima pesado no Figueirense

Clube vive um cenário bastante complicado nos bastidores e deve três meses de salários ao elenco.

Clube vive um cenário bastante complicado nos bastidores e deve três meses de salários ao elenco.

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Florianópolis, SC, 14 (AFI) – A derrota por 3 a 2 para o Paysandu, em pleno Orlando Scarpelli, evidenciou o ambiente conturbado que envolve o Figueirense nesta reta final do Campeonato Brasileiro da Série B. Isso ficou claro pelas reações protagonizadas pelo técnico Rogério Micale e pelo meia Marco Antônio.

O clube vive um cenário bastante complicado nos bastidores e deve três meses de salários ao elenco. Numa situação dessa, levar uma virada após abrir dois gols de vantagem só serve para deixar o clima ainda mais pesado.

Após o jogo, o experiente Marco Antônio fez questão de relacionar o resultado aos problemas internos da diretoria: “Eles jogaram a vida e nós infelizmente sofremos a derrota. É inexplicável, reflexo de tudo que a gente vive no ano, difícil trabalhar assim”, afirmou o meia.

Foto: Vinícius Nunes / Figueirense

Foto: Vinícius Nunes / Figueirense

MICALE EXPULSO
Outro momento de exaltação do lado alvinegro foi vivo ainda durante a partida. Após muitas reclamações, Rogério Micale foi expulso pelo árbitro Vinícius Gonçalves de Araújo. A justificativa foi que o treinador “invadiu o campo de jogo, gesticulando de forma acintosa e dizendo as seguintes palavras: vocês tão de sacanagem, é palhaçada, tão de brincadeira”.

Micale, no entanto, se defendeu e disse não ter entendido o motivo da expulsão. “Eu também não entendi. Fui ali perto, como muitos foram. Eu estava na dúvida e fui saber o que aconteceu. Eu cobro, mas jamais xinguei. Foi um critério que ele adotou”, explicou.

Com a expulsão, Micale não estará presente no Rei Pelé, no próximo sábado, quando o Figueirense encerra a temporada em duelo contra o CRB. Com 46 pontos, em 13º lugar, o time catarinense ainda tem chances, ainda que sejam pequenas, de ser rebaixado.