Série B: Botafogo fala em "desequilíbrio" na volta de torcida e alerta: "Ameaça à segurança jurídica"

CBF não liberou abertamente, mas também não vetou a volta das torcidas

Clube carioca não gostou e criticou duramente, sem citar nomes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

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Botafogo irritado. (Foto: Vitor Silva / BFR)

Rio de Janeiro, RJ, 19 (AFI) – E ninguém cala… O Botafogo pediu a palavra, se levantou e criticou a volta parcial de torcida na Série B do Campeonato Brasileiro. Por enquanto, só alguns clubes terão fãs nas arquibancadas, como o Cruzeiro. O clube carioca não gostou e criticou duramente, sem citar nomes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Permitir o desequilíbrio esportivo é inaceitável, além de uma ameaça à segurança jurídica do torneio. Ter que abordar este tema é um retrocesso histórico que nos leva a reflexões sobre o produto futebol brasileiro”, diz a nota alvinegra.

A CBF não liberou abertamente, mas também não vetou. A liberação vem de algumas cidades como Minas Gerais e Brasília. O Cruzeiro, como dito, receberá público no duelo contra o Confiança pela 20ª rodada da Série B.

“O Clube defende que ocorra de forma segura e isonômica, atendendo as orientações das autoridades sanitárias e considerando a realidade dos estados e municípios envolvidos na competição, com um denominador comum entre todas as agremiações participantes”, segue o clube carioca.

O Botafogo, ao empatar com o Guarani por 1 a 1, em Campinas, parou na oitava colocação com 29 pontos. No domingo, o Fogão receberá o Vila Nova às 11 horas no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela abertura do returno.

SEM FAVORITISMO PARA RENATO GAÚCHO!

CONFIRA A NOTA DO BOTAFOGO NA ÍNTEGRA:

O Botafogo de Futebol e Regatas vem a público se manifestar sobre a iminente realização de partida com a presença de torcida no Campeonato Brasileiro Série B.

O posicionamento é direto e claro: o Botafogo é contra qualquer tipo de privilégio e exceção que não atenda a totalidade dos clubes. O princípio da isonomia é um pilar fundamental e que deveria ser uma premissa inabalável quando se trata de uma competição.

Permitir o desequilíbrio esportivo é inaceitável, além de uma ameaça à segurança jurídica do torneio.

Ter que abordar este tema é um retrocesso histórico que nos leva a reflexões sobre o produto futebol brasileiro. Desigualdades, distorções, benefícios especiais e falta de critério colocam em xeque o modelo e o produto, impactando diretamente na performance da indústria do futebol.

O Botafogo está acompanhando com atenção as determinações das autoridades sobre o retorno de público. O Clube defende que ocorra de forma segura e isonômica, atendendo as orientações das autoridades sanitárias e considerando a realidade dos estados e municípios envolvidos na competição, com um denominador comum entre todas as agremiações participantes.”.

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