Série B: Acusado de racismo, Rodolfo, do Oeste, é suspenso por cinco jogos
O fato aconteceu na 27ª rodada do campeonato em um jogo entre Rubrão e América-MG em Belo Horizonte
O fato aconteceu na 27ª rodada do campeonato em um jogo entre Rubrão e América-MG em Belo Horizonte
Barueri, SP, 15 (AFI) – Na briga por uma vaga no tão sonhado G4, o Oeste recebe uma péssima notícia para as últimas três rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B. Na terça-feira, o goleiro Rodolfo foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com cinco jogos de suspensão por injúria racial ao zagueiro Messias, do América-MG.
Em partida válida pela 27ª rodada, na Arena Independência – vitória rubronegra -, Rodolfo e Messias se estranham já no final do confronto após um lance dentro da área. O zagueiro do Coelho disse ter sido chamado de “macaco” pelo goleiro do Oeste, dando origem a uma confusão dentro do gramado.
“Ocorreu um fato no jogo em uma disputa de jogada aérea e houve um choque entre mim e Rodolfo. Ele tentando ganhar tempo eu gritei e falei: Vamos jogar goleiro, vamos jogar. Ele imediatamente levantou e me falou: Vai jogar macaco. Levantei o braço e falei com o árbitro para acionar a polícia e parar o jogo. O árbitro mandou continuar”, disse Messias durante o julgamento.
Rodolfo nega ter cometido injúria racial e pode recorrer da decisão. Além dos cinco jogos de suspensão, o goleiro rubronegro foi multado em R$ 5 mil pelo STJD. Se não conseguir escapar da punição, o jogador vai desfalcar o Oeste contra ABC, em Natal, e Goiás, em Goiânia.
O Rubrão está na sexta colocação, com 58 pontos, dois a menos que o Paraná, quarto colocado. Em quinto lugar está o Londrina com a mesma pontuação do Oeste.
O QUE ACONTECEU!
Já nos acréscimos do jogo, Messias e Rodolfo iniciaram um bate boca dentro da área após uma dividida. O zagueiro pediu para que a partida fosse paralisada e queria a entrada da Polícia Militar, mas o árbitro baiano Jailson Macedo deu seguimento. Assim que a bola parou, houve a confusão dentro da área.
Messias disse ter sido chamado de “macaco” pelo goleiro rubronegro, que se defendeu dizendo: “eu sou negro também, rapaz”. Após muita confusão, os jogadores foram para o vestiário. O zagueiro fez um Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes I (Ceflan) do Bairro Floresta, em Belo Horizonte, e Rodolfo só foi liberado depois de pagar R$ 2 mil de fiança.
