Sem dinheiro, presidente de time do Brasileirão proíbe novos reforços

Na entrevista o presidente destacou que, apesar disso, ele está confiante na equipe e acredita que o elenco atual do Goiás tem condições de se manter na Série A.

Segundo Pinheiro, Goiás ainda paga caro por contratações feitas na gestão anterior e afirmou que não tem condições de buscar mais reforços nesta janela de transferências.

GOIAS Paulo Rogerio Pinheiro
Paulo Rogério Pinheiro diz que Goiás não tem mais dinheiro para contratar — Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.

Goiânia, GO, 11 (AFI) – O presidente do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro, proibiu a contratação de novos reforços para o Brasileirão. Dificuldades financeiras impedem a diretoria de investir nesta temporada.

Pinheiro, em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (11), afirmou que o Goiás não tem mais dinheiro para contratar: “A reserva acabou”. Segundo ele, o clube ainda paga caro por contratações feitas na gestão anterior e afirmou que não tem condições de buscar mais reforços nesta janela de transferências.

CONFIA NO ELENCO

Na entrevista o presidente destacou que, apesar disso, ele está confiante na equipe e acredita que o elenco atual do Goiás tem condições de se manter na Série A. A expectativa dele é de se livrar do rebaixamento e ter um 2023 melhor, pois a continuidade na elite vai representar um alívio maior nas contas.

TRABALHISTA

O dirigente assumiu o Goiás no início de 2021 e teve que cumprir o pagamento de indenizações cobradas pela Justiça Trabalhista e que isso acabou com as reservas que existiam.

“Há umas três semanas, nosso diretor jurídico e uma advogada trabalhista pediram uma reunião comigo. Caiu uma “bomba atômica” em meu colo. “Eu sempre disse que jamais falaria do passado porque eu já sabia como estava. Mas na reunião falaram que temos que pagar R$ 6 milhões em ações trabalhistas até o fim do ano”, explicou.

SEM CAIXA

Segundo ele, a torcida precisa saber o que está acontecendo. “A torcida cobra esforço para contratar. Mas esforço eu faço desde o ano passado. Meu tempo hoje é dedicado ao passado. Temos que pagar 30% à vista e o resto em seis parcelas”, revelou.

“Minha reserva acabou? Acabou. Vai acabar? Vai sim. Não tem o que fazer nessas ações julgadas em agosto. Ao todo, são quatro ações. É engraçado porque fizeram (diretoria passada) contrato em Euro, quero saber quem foi o inteligente que fez contrato em Euro. Fizeram contrato em Dólar e não pagaram o jogador e nem o empresário, ainda colocaram cláusula com a cotação da época e do dia. Adivinha o que o juiz fez? Considerou a cotação do dia. A Justiça do Trabalho é muito rápida”, afirmou.

A janela de transferências foi aberta no dia 18 de julho e termina na próxima segunda-feira (15). O Goiás contratou o lateral-esquerdo Sávio; os zagueiros Lucas Halter e Danilo Cardoso; o meia Marco Antônio; e o atacante Breno. Segundo o presidente esmeraldino, é mais importante manter salários e premiações em dia do que contratar mais jogadores.

PROIBIDO


“Sentei com o Edmo (presidente do conselho deliberativo). Nós perdemos a reserva. Se contratarmos, vamos atrasar salário e premiação, aí é rebaixamento com certeza. Vamos entrar no que fizeram em 2020. Eu não autorizo contratar mais. O problema não é o Harlei (vice-presidente), não é o Edmo, não é o Jair Ventura, eu que não autorizo mais”, disparou o dirigente.

Apesar dos problemas financeiros, o dirigente afirmou que pode buscar mais atletas com status de “aposta”, como foi o meia Diego, o zagueiro Yan Souto e o zagueiro Sidimar. O último chegar foi o atacante Breno, que estava no Aimoré-RS. Pinheiro afirmou que o Goiás não tem condições de concorrer com grandes clubes no mercado.

APOSTAS

“Não adianta achar que o Goiás não vai contratar aposta. Está chegando aposta nessa semana e eu adoro contratar aposta. Se der certo, vira um ativo da gente, como Dieguinho, Yan Souto, Sidimar. Lógico que a torcida quer que o presidente contrate jogador de vitrine, mas não damos conta de concorrer com ninguém”, disse. “O Goiás pagou empréstimo apenas de dois jogadores, o Élvis, que veio do Cuiabá, e o Nicolas, que estava no Paysandu. E mesmo assim, o valor do empréstimo do Nicolas foi abatido no ato da compra. Fora isso, todos vieram de graça. Não temos dinheiro nem para as luvas dos jogadores. Ainda temos que pagar comissões de empresários. Basicamente falei para cortar todas as contratações”, finalizou.

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