Sem criar alternativa para furar retranca, Ponte perde do CRB

Com nova falha defensiva, equipe é derrotada pelo CRB por 1 a 0

Sem criar alternativa para furar retranca, Ponte perde do CRB

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Torcedor pontepretano pede explicações dos motivos que levaram a sua equipe a perder do CRB por 1 a 0 na tarde deste sábado, em Maceió?

E acrescenta: teria alguma fórmula a ser aplicada para que a história do jogo fosse outra?

Fosse uma Ponte Preta devidamente organizada, sem descuido fatal como no lance do gol dos alagoanos, e planificada para romper rigoroso esquema defensivo do adversário durante o segundo tempo, seria possível sim se projetar outra história.

BRUNO RODRIGUES E MOISÉS

Das duas chances reais da Ponte Preta durante o primeiro tempo, apenas uma foi originária de jogada trabalhada.

Foi quando o atacante Moisés, lançado nas costas do lateral-direito Reginaldo Lopes, ficou na cara do gol e se assustou para finalizar, tanto que tentou cavar pênalti e desperdiçou a jogada.

Antes disso, o atacante Bruno Rodrigues fez jogada pessoal por dentro, arriscou chute de fora da área e a bola chocou-se contra a trave esquerda.

GOL DO CRB

Já o CRB só trazia alguma preocupação com incursões de seu lateral-esquerdo Igor Cariús.

E, em uma delas, quando lançado em cobrança de falta, através do notável meia Diego Torres, explorou às costas do estreante lateral-direito pontepretano Léo Pereira, cruzou rasteiro, zagueiro pontepretano Rayan falhou na disputa com Pablo Dyego, e o time de Alagoas comemorou o gol aos 23 minutos.

Por duas vezes, já nos acréscimos do primeiro tempo, em jogadas de fundo de campo, o CRB teve chances de ampliar a vantagem, mas as desperdiçou, enquanto a Ponte mais nada havia criado.

RETRANCA DO CRB

Desempenho dos atacantes do CRB – Bill, Robinho e Pablo Dyego – era decepcionante, e por isso o treinador Marcelo Cabo demorou pra sacar principalmente o inoperante Robinho.

Após o intervalo, já imaginando a pressão da Ponte Preta em busca do empate, Cabo adotou postura extremamente defensiva, com finalidade de sustentar a vantagem.

Pelo diagnóstico do time pontepretano, duas alternativas racionais poderiam ser colocadas em práticas para se tentar furar o bloqueio.

Primeiro seriam jogadas combinadas de laterais com atacantes de beiradas, de forma que isso implicasse naquele cruzamento bem de fundo de campo, que visa o atacante cabeceador de frente para a bola, caso de Matheus Peixoto.

Esse tipo de jogada foi trabalhada?

Claro que não. Assim, o que se viu foram insistentes chuveirinhos, com bola devolvida pelo sistema de marcação do CRB.

CILINHO

Outra alternativa seria praticável só se a Ponte Preta tivesse um comandante que incorporasse a sabedoria do saudoso treinador Cilinho, o que não foi o caso de Marcelo Oliveira.

De que adianta o driblador Bruno Rodrigues na beirada do campo, na tentativa de fazer a diagonal com condução de bola, se recebia marcação dupla?

De certo Cilinho o posicionaria centralizado para receber a bola mais perto da área adversária e, em última análise, para sofrer falta com maior possibilidade de aproveitamento.

Se o meia João Paulo é driblador, por que admiti-lo, naquela circunstância, como ‘armandinho’?

A exigência de Marcelo Oliveira deveria ter sido pelo posicionamento dele igualmente avançado, para que explorasse a individualidade.

E o posicionamento do meia Camilo, que em rearranjo da equipe entrou no lugar de Léo Pereira?

Nem avançado, nem como armandinho. Sumido.

CHANCES COM DAWHAN

Mesmo com volume de jogo traduzido apenas em bola alçada à área adversária, a Ponte teve duas chances para empatar a partida em bola espirrada na área adversária.

Em ambas ocasiões a bola se ofereceu para Dawhan – naquela altura improvisado como lateral-direito, que as desperdiçou.

Sem Apodi, machucado, a Ponte ficou sem o avanço progressivo na lateral-direita, devido à tímida estreia de Léo Pereira.

Entra jogo, sai jogo e o lateral-esquerdo Ernandes não se define.

Pelo que se vê, os problemas estão aí em busca de alternativas cobradas do treinador Marcelo Oliveira.