Seleção reduz dependência de Neymar e vai "manter alegria" sem o camisa 10

O time comandado por Tite consegue se virar sem a grande estrela por ter um elenco muito forte

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São Paulo, SP, 26 – A ausência de Neymar para o jogo com a Suíça, próximo rival da seleção brasileira na Copa do Mundo, na segunda-feira, é motivo de preocupação, mas não de desespero para o técnico Tite. A dependência do camisa 10 hoje é consideravelmente menor do que em outros momentos. Ou seja, há vida sem o craque do Paris Saint-Germain.

No Catar, o entendimento é de que o time é capaz de se manter competitivo sem o seu principal jogador, já que existem outros atletas capazes de substituí-los. O ataque, cabe lembrar, é o setor mais inchado do grupo. Fora Neymar, Tite chamou oito atacantes para o Mundial, todos eles protagonistas em seus clubes.

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Seleção reduz dependência de Neymar e vai “manter alegria” sem o camisa 10.

Na visão do goleiro Alisson, o jogo “irresponsável”, de improviso e talento será mantido, mesmo sem Neymar. “A gente vai manter a alegria, que é marca desse time”, opinou o camisa 1. Ele entende que uma possível ausência de Neymar deixará o elenco ainda mais unido na busca pelo hexa. “As circunstâncias adversas nos fortalecerão durante a caminhada e temos de usar isso para fortalecer nosso grupo. É alegria sempre, mas com seriedade quando tem de ter”, pontuou.

Vinicius Junior é um desses atletas responsáveis por atenuar a dependência de Neymar. “A gente está sempre preparado para assumir responsabilidade se precisar”, garantiu o atacante do Real Madrid, eleito o oitavo melhor jogador do mundo pela France Football. Foi dele o passe para Richarlison marcar o segundo gol que sacramentou o triunfo sobre os sérvios no Lusail.

Tite considera que o Brasil não é refém de Neymar. A avaliação é de que depende, sim, do astro do PSG, mas também dos outros convocados. “Temos ‘Neymardependência’, ‘Antonydependência’, ‘Raphinhadependência’… A seleção brasileira é dependente de atletas de alto nível”, explicou o técnico, em entrevista ao Estadão antes da Copa do Catar.

Isso ficou claro pelas escolhas do treinador. Dos nove atacantes que convocou para o Mundial, ele lançou mão de oito na vitória sobre a Sérvia. Neymar, Raphinha, Vini Jr. e Richarlison, o protagonista com dois gols, foram titulares. Antony, Gabriel Martinelli, Rodrygo e Gabriel Jesus entraram no segundo tempo. Apenas Pedro não recebeu uma chance por enquanto.

Tite assume que a seleção precisa de Neymar, mas de um modo que não pese em seus ombros nem nos ombros do próprio jogador. Antes era um fardo, agora, se Neymar não é indispensável à equipe, ela se vira sem ele.

O time, diz o comandante, depende de “bons jogadores e bons treinadores”, mencionando que Vini Jr. parece “ter sete marchas” para atacar, e Antony tem o pé de “pelica” para dominar a bola.

“Talvez tenha sido por essa nova geração que tenha dado essa importância e dado enfoque a outros atletas, midiaticamente falando. Mas a gente precisa de todos. A gente é dependente da qualificação de cada um deles”, afirmou o treinador em entrevista recente.

Os números, no entanto, indicam um aproveitamento maior da seleção com Neymar em campo. No ciclo 2018-2022, com o craque, foram 31 jogos, com 25 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Um desempenho de 84,9% dos pontos. Sem o craque, neste mesmo período, foram 19 partidas, com 12 vitórias, seis empates e uma derrota, aproveitamento de 73,68.

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