Se Pivetti ainda é aprendiz, por que o contrataram para depois demiti-lo?
Até que provem ao contrário, lamentavelmente o Guarani não conta com um dirigente sequer da bola. Então cometem erros em cima de erros.
Para campanha de manutenção, com erros e acertos, Bruno Pivetti estaria dentro do contexto. Mas qual é o projeto do Guarani na Série B?
Campinas, SP, 8 (AFI) – Até que provem ao contrário, lamentavelmente o Guarani não conta com um dirigente sequer da bola. Curiosos, sim, mas com domínio até razoável sobre futebol, não. Que o treinador Bruno Pivetti não seria o mais indicado para quem dispusesse ‘brigar’ por acesso – como havia projetado o Guarani – não se contesta.
Será que de fato o Guarani montou elenco com a devida qualificação para postular acesso, ou com capacidade de se situar no bloco intermediário, e ocasionalmente chegar no bloco de cima? Para campanha de manutenção, com erros e acertos, Bruno Pivetti estaria dentro do contexto.
TRÊS VITÓRIAS
O que provocou alvoroço positivamente nos bugrinos foi o fato das conquistas de três vitórias consecutivas nos primeiros três jogos. A goleada por 4 a 1 sobre o Avaí, na estreia, não permitiu que o torcedor avaliasse criteriosamente como foi construída.
Até 30 minutos do segundo tempo, o jogo estava empatado por 1 a 1, quando já se verificava que o time catarinense se arrastava em campo, devido ao péssimo condicionamento físico, principalmente do zagueiro Alan Costa. Se os números não mentem jamais, como dizia o saudoso radialista Pereira Neto, a goleada por 3 a 0 sobre o Ceará, em Fortaleza, levou o bugrino às alturas.
E ai de quem ousasse afirmar que o Ceará estava com cabeça na Copa do Nordeste, que havia poupado alguns titulares, e principalmente não contou com o seu principal zagueiro, caso de Luiz Otávio.
ITUANO
Pois no terceiro jogo, o Ituano já endureceu durante o segundo tempo, mas o Guarani sustentou a vantagem por 1 a 0.
Aí começaram os discursos de que o time sofria queda de rendimento físico durante o segundo tempo, quando na prática quem mais se desgastam são Régis e Bruno José.
A radiografia do problema crucial da equipe, citada aqui ‘centras’ vezes, foi a ‘buraqueira’ no meio de campo, pois os volantes são sobrecarregados na marcação, já que Régis não faz a recomposição, o vaivém de Bruno José é basicamente no corredor, e tanto Isaque como Bruninho até recuam, mas sem características para desarme.
Assim, as deficiências do time bugrino ficaram bem caracterizadas, e oscilações inevitáveis.
FALTOU PARA PIVETTI
Taticamente, faltou ao treinador Pivetti criar alternativa para compactar mais o meio de campo, talvez com a inclusão de mais um volante. Faltou diagnosticar a brutal queda de rendimento de Régis e criar alternativa para que pudesse melhorar, embora a carreira dele tenha sido marcada por oscilações, inclusive no próprio Guarani na primeira passagem.
Se Régis teve atuações dignas de aplausos antes de lesão muscular, no retorno oscilou bastante. Se não é de agora que o zagueiro Alan Santos tem falhado, por que não passou a vaga para Walber? Quem garante que Matheus Barbosa tem rendimento melhor que Wenderson? Barbosa erra muitos passes e abusa de cartões.
Igualmente faltou um diagnóstico sobre os reais motivos para o meia-atacante Neílton não mostrar no Guarani o seu estilo de driblador e futebol insinuantes. Essas questões, se bem detectadas, refletiriam em ganho para a equipe, mas convenhamos que são observadas apenas um treinador ‘rodado’ e vacinado com as mumunhas da bola. Para o ainda aprendiz Pivetti, o jeito seria tocar a equipe acertando e errando, e coisa do bloco intermediário.
QUEM VEM?
Especulações não param sobre quem vem, e são altas as apostas na volta do treinador Umberto Louzer. Chutômetro aqui e outro acolá, façamos o seguinte: fique por sua conta a interpretação daquele que seria mais compatível para o momento do Guarani.