Se os concorrentes tropeçaram na Série B, o Guarani também!

O Guarani tinha plenas condições de vencer o Ituano. Avaí e Novorizontino perderam na rodada da Série B. Veja o que houve com o Guarani em Itu.

O Juventude ficou de camarote só observando derrapadas de concorrentes diretos no pelotão de cima da Série B, neste sábado

Brasileirão Série B
Bruno José fez o gol do Guarani. Foto: Thomaz Morastegan - GFC

BLOG DO ARI


Campinas, SP, 5 (AFI) – O Juventude ficou de camarote só observando derrapadas de concorrentes diretos no pelotão de cima do Campeonato Brasileiro da Série B, em jogos deste sábado.

No meio da tarde, o Criciúma perdeu para o Avaí por 1 a 0, e assim patinou nos 38 pontos, mas ainda no G-4.

Depois, aquela ‘secada’ no Guarani deu certo na partida tarde/noite contra o Ituano, em Itu, no empate por 1 a 1.

Para completar à noite, o Novorizontino voltou a ser derrotado, desta vez para o Sport, em Recife, por 1 a 0.

Assim, no frigir dos ovos, basta o Juventude ganhar do Vila Nova, na condição de mandante neste domingo, para pular dos 36 aos 39 pontos e entrar no G-4 da competição.

Esse ‘enredo’ mostra que o time gaúcho pode entrar decisivamente na briga pelo acesso ao Brasileirão de 2024, quando na prática quem poderia ter se beneficiado de enroscadas de concorrentes seria o Guarani, caso sustentasse a vantagem por 1 a 0 que havia conquistado no primeiro tempo contra o Ituano.

Ao empatar, o Guarani subiu para 37 pontos e deixou a clara impressão que poderia ter sido mais ousado diante de um adversário do bloco intermediário desta Série B.

O Juventude ficou de camarote só observando derrapadas de concorrentes diretos no pelotão de cima do Campeonato Brasileiro da Série B, em jogos deste sábado.

ESTRATÉGIA

O treinador bugrino Umberto Louzer imaginou o Ituano ‘galopando’ no ataque e traçou estratégia para que o seu time se resguardasse e, ora optasse pelo contra-ataque em velocidade – inclusive com bola alongada -, ora valorizasse a posse de bola até chegada à ofensiva, e assim surpreender o adversário.

BRUNO JOSÉ

Se durante o primeiro tempo, de fato o Guarani só correu risco aos 50 minutos, quando o atacante Wesley Pomba desperdiçou a única real oportunidade criada pelo Ituano, mostrou eficiência ao aproveitar a única jogada de lucidez de seu ataque, através de Bruno José, que driblou o lateral-esquerdo Mário Sérgio antes do chute certeiro no canto direito do goleiro Jefferson Paulino, aos 36 minutos.

Apesar da vantagem, a estratégia de Louzer de evitar que o seu time se atirasse ao ataque foi questionável, pois estava enfrentando um adversário com claras limitações.

PERDAS DE JOGADORES

Quando não se aproveita a chance de se impor em campo, para construir sólida vantagem, corre-se risco devido às imprevisibilidades de uma partida de futebol.

A substituição forçada do lateral-direito Diogo Mateus, antes do final do primeiro tempo, e posteriormente do lateral-esquerdo Mayk, na volta do intervalo, ambos por lesões, minaram as saídas de bola da defensiva bugrina pelos lados do campo, com as entradas do improvisado Wenderson e Caíque, respectivamente.

HÉLIO BORGES

No Ituano, logo no início do segundo tempo, ficou claro o equívoco do treinador Marcinho ao deixar no banco de reservas um jogador da mobilidade do meia Hélio Borges.

Ao entrar em campo, ele passou a organizar as principais jogadas de sua equipe, como no lance que originou o gol de empate.

Do cruzamento dele, no lado direito do ataque, a bola chegou para Wesley Pomba, livre de marcação, concluir com sucesso aos 12 minutos.

COMO REAGIR?

Se aos quatro minutos do segundo tempo Bruninho chutou bola para fora, em lance que poderia ter ampliado para o Guarani, ele teve chance de se redimir ao receber lançamento do zagueiro Alan Santos, aos 14 minutos, ocasião que exigiu defesa com grau de dificuldade do goleiro Jefferson Paulino.

Depois disso, o Guarani desapareceu ofensivamente, com o agravante da lesão do meia-atacante Bruninho e o desgaste físico de Bruno José, ambos substituídos no transcorrer do segundo tempo. Como mais uma vez o meia Régis nada acrescentou à equipe, no lugar de Bruninho, o Guarani assistiu o maior volume de jogo ofensivo do Ituano, que teve chance de virar o placar aos 44 minutos, quando Yann Rolim serviu Gabriel Stevanato, mas na conclusão apareceu o pé salvador do zagueiro bugrino Lucão para interceptar. 

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