Se o Guarani jogasse um pouco mais, teria vencido em Goiânia
Se o Guarani jogasse um pouco mais de bola, tivesse mais organização ofensiva, poderia vencer, sim. Em tese, perdeu dois pontos em Goiânia.
Nas projeções pelo achômetro, e por aquilo visto do Vila Nova, havia dito que não me surpreenderia se até trouxesse vitória de Goiânia.
Campinas, SP, 10 (AFI) – Se você, bugrino, está comemorando o ponto conquistado por seu time no empate sem gols com o Vila Nova, na tarde deste sábado, em Goiânia, fique convencido que houve desperdício de mais dois pontos. Se o Guarani jogasse um pouco mais de bola, tivesse mais organização ofensiva, poderia vencer, sim.
Sou avesso ao achômetro e, na medida do possível, procuro evitá-lo neste espaço. Todavia, circunstancialmente revelei, em resenhas com amigos do futebol, que dificilmente o Guarani traria ponto (s) de Novo Horizonte, mas, nas projeções pelo achômetro, e por aquilo visto do Vila Nova, havia dito que não me surpreenderia se até trouxesse vitória de Goiânia.
Quem viu esse Vila Nova na derrota para a Ponte Preta e empate diante do Guarani, inevitavelmente questiona: como ele conseguiu arrumar 24 pontos nesta Série B do Campeonato Brasileiro, situando-se no pelotão de cima?
ERROS DE PASSES
Tecnicamente foi jogo fraco, e desmintam-me se forem capazes. Jogo com alta incidência de erros de passes, de ambos os lados, é traduzido em jogadas ofensivas travadas. Qual a defesa importante que os goleiros praticaram?
Pegorari, do Guarani, defendeu chute com endereço certo de Weverton Brito, em seu canto esquerdo, aos 24 minutos do segundo tempo, e vamos acrescentar chute de Igor Henrique.
Que mais?
No Guarani, um chute de Isaque que mais parecia recuo de bola ao goleiro Denis Júnior. Bola chutada por Bruninho que o goleiro espalmou, mas ficou a dúvida se teria direção do gol, ambos de fora da área, ainda no primeiro tempo.
Após o intervalo, registro apenas para chute sem ângulo do centroavante Derek, com defesa.
SEM ORGANIZADORES
Os dois times não contaram com meias organizadores, que abastecem atacantes em condições de concluir jogadas.
Logo, o que se viu foram as duas equipes rodarem a bola de um lado ao outro, mas sem capacidade de penetração.
Como entender o treinador Claudinei Oliveira, que manteve em campo o meia Lourenço até 32 minutos do segundo tempo?
Será que não constatou que, com aquela bolinha, deveria ter sido ‘sacado’ no intervalo?
Como explicar o desinteresse do centroavante Caio Dantes, que acabou substituído ao final do primeiro tempo?
No Guarani, de que adianta esse revezamento de Derek e Bruno Mendes como centroavantes, se eles carecem de jogadas trabalhadas para que possam concluí-las?
RODRIGO GELADO
Quando cito que o treinador interino Ben-Hur Moreira, do Guarani, não tem leitura de jogo, não é por acaso. Fosse um treinador ‘antenado’, que conhecesse em detalhes jogadores adversários, teria preparado ‘arapuca’ para o Vila Nova explorando o fraco lateral-esquerdo Rodrigo Gelado.
Providência primária seria usar todo gás de Bruno José apenas na ofensiva, eximindo-o da responsabilidade de fazer a recomposição, para marcar. Claro que a tarefa não seria simplificada no ‘um contra um’ de Bruno José contra o adversário. Poderia posicionar Derek por ali, para jogadas combinadas.
Na prática, quando Bruno José ganhava o duelo, a sequência tinha formato de ‘chuveirinhos’, devido à falta de aproximação de jogador para continuidade do lance, com bola no chão.
Portanto, que o substituto do treinador Bruno Pivetti possa fazer reorganizações na equipe, a fim de extrair o potencial máximo da equipe.