Sorocaba, SP, 16 (AFI) – Não bastasse o terceiro rebaixamento em seis anos,  o São Bento junta os cacos, segundo a diretoria a queda deve dar um prejuízo financeiro de R$ 6 milhões após a campanha pífia no Campeonato Paulista deste ano, quando caiu para a Série A2, ao lado da Ferroviária.

De acordo com o presidente do Bentão, o empresário Almir Laurindo, em coletiva nesta semana, o time deixa de ter a cota que a Federação Paulista concede aos clubes da Série A1 (do interior), é de quase R$ 5 milhões. Segundo Laurindo, junta-se a isso,  a arrecadação que o São Bento deixou de ganhar no jogo contra o Corinthians – o Ituano enfrentou o Timão em Itaquera, venceu nos penais e passou às semifinais com o Palmeiras -,  R$ 800 mil.

“O prejuízo foi enorme, um tombo muito grande. Sempre trabalhamos para resolver o problema financeiro do clube e atingiríamos um bom equilíbrio no ano que vem se a gente tivesse conseguido se manter na 1ª Divisão do Paulista”, lamentou Laurindo na coletiva para a imprensa.

DÍVIDA

O clube foi questionado da dívida, alegou não tem um número fechado pois ele pode variar conforme a forma de pagamento e poderia chegar hoje a R$ 10 milhões com juros, mas se o clube tivesse caixa e recursos para quitar o débito à vista, ela seria reduzida para R$ 3 milhões, conforme matéria publicada no site Porque, Sorocaba.

REELEIÇÃO E CULPA PELA QUEDA

Em outubro o São Bento realizará sua eleição para a Diretoria Executiva. Na entrevista, Laurindo não assegurou se participará. Há quem diga que uma outra chapa estaria sendo discutida para disputar o pleito no clube. Laurindo frisou que definirá seu futuro adiante. Na coletiva, ainda usou uma metáfora para definir o rebaixamento: “Estávamos com um pé no céu e outro no inferno na última rodada e fomos para o inferno”, disse Laurindo, que admitiu a incompetência do clube e assumiu a culpa pela queda.  

SÓ A BASE DO SÃO BENTO

Todo plantel do Paulistão já deixou Sorocaba, fora os jogadores da base. O mesmo ocorreu com o treinador Paulo Roberto, que está fora do patamar financeiro do clube, segundo Laurindo. No entanto, o diretor Juliano Amorim encontrou um ponto positivo em toda “terra arrasada” depois do rebaixamento. Segundo ele, o clube caiu com “tudo em dia”, e pagou todos os salários para os jogadores, até de forma antecipada em algumas ocasiões, inclusive o “bicho” (premiações por vitória) ficou em dia.

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