Sorocaba, SP, 24 (AFI) – O elenco do São Bento foi dispensado sábado, dia 22 de dezembro e só volta dia 2 de janeiro, aos treinamentos visando a estreia no Paulistão dia 20 em Ribeirão Preto diante do Botafogo. O elenco trabalhou forte fisicamente nestes doze dias, desde dia 10 de dezembro, e o preparador Diego Kami Mura falou ao Futebol Interior do trabalho, que não somente o Paulistão, mas toda a temporada, que inclui o Brasileiro da Série B. Antes de comandar o Bentão, onde trabalha com o preparador Cleber Vaz, atuou no Noroeste, Ituano, Mirassol, Capivariano, Botafogo-SP, Atlético-GO, futebol árabe e do Japão.

O preparador chegou durante as disputas do Troféu Interior, do Paulistão, e vem implantando sua forma de trabalho. Ele destacou como positivo o trabalho até o momento, com baixo número de lesões musculares, uma questão que não dá para sanar por completo pois elas fazem parte do esporte. E destacou o trabalho integrado entre preparação física, fisioterapia, departamento médico e campo. Kami mura, ressaltou que trabalhou neste ano no clube com dois grandes e vitoriosos treinadores, Paulo Roberto e Marquinhos Santos, e que cada um tem sua forma de trabalho e cabe ao preparador físico entender a metodologia e conceito de cada um, e trabalhar o mais integrado possível.

Segundo Kami Mura, que cada preparador físico tem uma forma de trabalhar de olhar para o futebol, de olhar para o trabalho de força, físico.

“Posso dizer que chegamos e tentamos implantar uma metodologia que acreditamos melhora o padrão de movimento, mais voltado para peso livre”, explicou. Ele reconhece que o time teve um bom desempenho físico no Brasileiro da Série B, mas acredita que dá pra melhorar mais ainda para 2019: “Nosso calendário é apertado e não dá pra culpar ele (calendário). Estamos focados, e independente do tempo tentar fazer o melhor que 2019, e buscar uma melhora em todos os sentidos”, comentou.

O São Bento se reapresentou dia 10 e trabalhou fisicamente até 22 de dezembro, apenas doze dias. “Fizemos algumas avaliações necessárias, temos alguns remanescentes do plantel da Série B (nove), alguns novos e serviu (esses dias) para não ficar inativo muito tempo e tentar criar uma base de força, conseguimos trabalhar bem a parte física no período, mesmo sem ter o grupo completo”, disse Kami Mura.

Foco em 2019
O foco, segundo o preparador é 2019 e não um determinado campeonato, no caso o Paulistão, que é o mais próximo.

“Não vamos ter o mesmo rendimento na primeira rodada (jogo com o Botafogo), com será no meio da competição,porque temos muitos jogadores para se apresentarem no dia 2 (de janeiro), que estão em inatividade desde 24 de novembro. o fim da Série B. Tivemos nestes doze dias de 40 a 50% do elenco, e que vai iniciar o campeonato dia 20; dia 2 chega outra metade inativo, e o tempo é curto e todo time da B sofre isso e conosco não será diferente e não serve de desculpa; vamos planejar o ano, e não tem foco principal, Paulista ou Brasileiro e temos que ser fortes fisicamente do primeiro ao último jogo do ano” , detalhou.

Previsão
O preparador também fez questão de dizer que não dá pra se ter uma previsão de percentual que o time estará fisicamente do “ideal” dia 20 de janeiro para o jogo contra o Botafogo no Santa Cruz.

“Isso é relativo, e o atleta está sempre buscando melhorar e não dá pra mensurar o que é esse 100% , e ainda não sabe quem vai iniciar dia 20, se são os que estão desde o dia 10 ou os que se apresentam dia 2 é complexo. Cem por cento não vai estar, mas esperamos estar num nível aceitável para uma estreia 11h. Sabemos que o Botafogo está a mais tempo treinando, pois a Série C acabou antes da Série B. Mas o calendário é esse”, adiantou Kami Mura.

Ontem e hoje
Kami Mura disse que o trabalho de ajustar o grupo fisicamente é normal e já está acostumado. Perguntado, fez um comparativo da preparação há anos atrás onde se falava trabalho forte de força e depois com bola, em relação ao que é feito hoje, com o trabalho com bola entrando praticamente desde os primeiros dias.

“Nossa metodologia é que toda unidade de treino tem que ter trabalho com bola. Quanto mais próximo do jogo, trabalho mais especifico, mais resultado no aspecto físico. Nós aqui desde o terceiro dia já trabalhamos com bola, resistência especial, mais próximo da especificidade. Tentamos integrar ao máximo trabalho físico, técnico e tático.